Abinc premia projetos que usam IoT para beneficiar a sociedade

Prêmio IoT 2022, entregue no Futurecom 2022, busca apoiar iniciativas que estimulem o uso da Internet das Coisas na sociedade

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3:11 pm - 20 de outubro de 2022

Aplicações de internet das coisas (ou IoT) podem ser ferramentas poderosas, capazes de servir a propósitos bastante nobres: como a preservação ambiental, pesquisas científicas e serviços de saúde, por exemplo. Estimular esse tipo de aplicação é um dos objetivos de uma premiação concedida nessa quinta (20) pela Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc), o Prêmio IoT 2022.

A premiação realizada durante a Futurecom 2022 visa reconhecer iniciativas que estimularam o uso de IoT em diversas áreas da sociedade, seja para obter ganhos de produtividade, eficiência ou redução de custos em negócios e operações. São quatro categorias:  Estudantes, Startups, Empresas Consolidadas e Soluções para governo e infraestrutura.

Foram premiadas a Universidade de Fortaleza (Unifor) na categoria Estudantes; a GreenBug na categoria Startups; a CAS Tecnologia na categoria Empresas Consolidadas; e a Celepar (Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná) na categoria Governo e Infraestrutura. [Confira no fim da matéria cada um dos casos premiados.]

Também foram anunciadas duas iniciativas premiadas de 2021, sendo a Sigmais como a melhor iniciativa na categoria de Inovação; e a Laager na categoria de Melhoria Operacional.

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“O reconhecimento tem como propósito incentivar a divulgação de soluções desse ecossistema, bem como apoiar aqueles que desenvolvem tecnologias e aplicações para o mercado e promover a divulgação de casos reais e resultados”, diz Paulo Spaccaquerche, presidente da Abinc.

As categorias levam em conta critérios de avaliação que vão de facilidade de aplicação do projeto até grau de inovação. Projetos que aplicam IoT para lidar com os desafios de negócios ou da sociedade em geral, e que já tenham resultados efetivos, foram os mais considerados nesta edição do prêmio.

Os vencedores foram premiados com um ano de filiação na Abinc. Os vencedores da categoria ‘Estudantes’ passam a ter o direito de participar do comitê de escolha; e ‘Startups’ ganharão benefícios no valor de R$ 2 mil.

Já ‘Empresas consolidadas’ e ‘Soluções para governo e infraestrutura’, passam a ser filiados na categoria Basic, com todos os benefícios definidos. Os vencedores de todas as categorias ganharam dois ingressos para o IoT World Congress, em Barcelona, que será realizado entre 31 de janeiro e 2 de fevereiro de 2023.

Casos premiados

Universidade de Fortaleza (Unifor)

O OCARIoT (Obesity Caring Solution) é uma tecnologia de enfrentamento à obesidade infantil, na qual a Unifor, através do Núcleo de aplicação em Tecnologia e Informação (NATI), assume a coordenação. O projeto é financiado pela União Europeia, através de uma rede nacional de pesquisa ligada ao Ministério da Ciência e da Tecnologia, que envolve Portugal, Espanha, Grécia e Brasil. O objetivo principal do OCARIoT é promover a melhoria dos distúrbios alimentares e físicos, e a prevenção da obesidade em crianças entre 9 a 12 anos.

Green Bug

Dispositivo com o conceito de IoT e com inteligência artificial embarcada para monitorar os sons da natureza. Com ele é possível gerar alertas sobre indícios de desmatamento, anomalias e ameaças no meio ambiente. Permite também monitorar a biodiversidade, incluindo animais voltando para determinada região, se projetos de recuperação de paisagem estão funcionando, melhores práticas do manejo da floresta, entre outros.

CAS Tecnologia

Projeto Bacia do Rio Formoso. Utiliza tecnologia IoT com monitoramento de vazão 24h por dia. A CAS Tecnologia e Universidade Federal de Tocantins desenvolveram um projeto de sustentabilidade na Bacia do Rio Formoso que visa monitorar captação de água nos rios para irrigação e para atender as normas regulatórias do estado.

CELEPAR

Desenvolveu um projeto para o CEMEPAR com o objetivo de validar uma escalável capaz de coletar e monitorar informações através de dispositivos IoT, pois a coleta manual ou em um ambiente grande dificultava o controle das informações, conforme as recomendações da ANVISA, além de não permitir o acesso às informações em tempo real. A solução proporciona a eficácia no controle da temperatura do ambiente para a preservação dos medicamentos.

A coleta das informações ocorre através de sensores dispostos no galpão e nas três câmaras frias e a visualização é feita em painéis que mostram as temperaturas em tempo real e notifica os gestores em casos de problema.

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