Em três anos de existência, apenas 1,1% das companhias com conta bancária no país aderiram ao Open Finance
O desafio das empresas em integrar soluções financeiras do futuro
Ao completar três anos neste mês no Brasil, o Open Finance, também conhecido como Open Banking, desempenha um papel central na transformação dos ecossistemas digitais. O conceito vai além da simples abertura de dados, abrindo as portas para uma colaboração mais ampla entre bancos, cooperativas, fintechs, governos e outros players do mercado, mas sua evolução ainda depende da difusão de seu uso, missão que o Banco Central assume para que a população entenda o sistema.
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Até agora, 211 mil das empresas com conta bancária adotaram o instrumento no Brasil. E é justamente entre empresas que o Open Finance tem potencial mais rápido de crescimento. A conectividade e o compartilhamento de dados fomentam a inovação no mercado, acelerando a digitalização da economia. Mas, diante da constante evolução, a integração entre companhias e setor financeiro enfrenta desafios e oportunidades únicas no cenário tecnológico. Priorizar esta agenda será fundamental para as instituições se adaptarem, inovarem e prosperarem.
Neste panorama, bancos e fintechs podem criar novos produtos e soluções com vistas a expandir recursos para ampliar ofertas a clientes, contribuindo com todo ecossistema financeiro. Nesse contexto, as APIs são essenciais, pois permitem a troca segura e eficiente de dados entre diferentes instituições e provedores de serviços financeiros, com transferência ágil de informações entre diferentes sistemas, acelerando o processamento de pagamentos, criando experiências superiores, que engajam e geram negócios.
Muito além das APIs, é nos dados que reside o grande benefício e também desafio do Open Finance. Ainda, à medida que as regulamentações evoluem e a tecnologia avança, o Open Finance está emergindo como um catalisador fundamental na redefinição do setor financeiro global.
A importância do Open Finance reside em sua capacidade de impulsionar a inovação, melhorar a experiência do usuário e fomentar a concorrência, transformando o modo como as informações financeiras são acessadas, compartilhadas e usadas. Em 2023, a adesão ao sistema dobrou, chegando a 28 milhões das pessoas com conta bancária no Brasil.
Segundo a Juniper Research, o Open Banking, que consiste no compartilhamento, acesso e reutilização de dados financeiros pessoais e não pessoais, terá um crescimento de 479% entre 2022 e 2027, gerando cerca de US$ 330 bilhões em transações em cinco anos.
Proporcionar experiências financeiras mais eficientes e personalizadas aos usuários são prioridade para as organizações, para se manterem competitivas e atenderem às crescentes demandas.
Para a continuidade do sucesso e crescimento do Open Finance, precisamos, em grande medida, da forte confiança dos clientes, especialmente na utilidade, valor e reutilização de dados e informações.
Por outro lado, é fundamental proteger indivíduos e empresas, reforçando as estratégias de segurança e interoperabilidade e mitigando riscos associados ao acesso e ao uso de dados.
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