Tecnologia e agro lideram crescimento de contratações, mostra estudo

Pesquisa da PwC Brasil mostra que 60% das organizações pretendem contratar nos próximos meses. Home office se torna prevalente

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7:08 pm - 16 de agosto de 2021
home office, teletrabalho Foto: Shutterstock

Passado um ano e meio desde o início da pandemia, as empresas começam a readequar a força de trabalho, reforçar contratações e implementar ações para a proteção de fluxo de caixa. De acordo com a segunda edição da pesquisa “Como sua empresa está reagindo à crise?”, da PwC Brasil, cerca de 60% das organizações pretendem contratar nos próximos meses.

Conduzido entre outubro do ano passado e março deste ano, o estudo ouviu companhias de mais de 20 indústrias e verificou que as contratações aumentaram em 30% no período, com destaque para as áreas de tecnologia e agronegócio. Por outro lado, houve queda de 10% na redução de benefícios e na suspensão temporária de contratos de trabalho, além da concessão de férias individuais ou coletivas.

O home office ganhou espaço frente às restrições sanitárias, sendo que 79% das empresas pretendem manter ou implementar o trabalho remoto. Com foco no retorno gradual, 68% planejam adotar o modelo híbrido de trabalho, combinando expediente remoto e presencial.

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“Nossa pesquisa mostra que a pandemia trouxe avanços e mudanças estruturais permanentes na gestão dos trabalhadores, como na adoção do trabalho à distância e mais políticas de retenção de talentos”, comentou Flávia Fernandes, sócia da PwC Brasil. Segundo a especialista, o trabalho remoto entrou definitivamente para a rotina das empresas.

Já o conceito de trabalho de qualquer lugar (anywhere office) foi abraçado por 28% das empresas, o que permitiu ampliar os horizontes de contratação de profissionais para outras cidades e países. Os resultados positivos proporcionados pela modalidade levaram 38% das empresas participantes a analisarem formas de aplicar essa possibilidade.

Ainda sobre as fronteiras de recrutamento, quase 25% das companhias adotaram medidas específicas para empregados em mobilidade global, com 23% adotando a mobilidade internacional virtual e 19% repatriando seus empregados.

Ações de mitigação

Para proteger o fluxo de caixa durante a pandemia, 54% das instituições ouvidas usaram créditos tributários ou previdenciários, além de empréstimos bancários, e reduziram a sua infraestrutura. Esse índice é 17% superior quando comparado à primeira pesquisa, realizada em junho do ano passado pela PwC.

O relatório indica também que ajustes se tornaram via de regra, como o aperfeiçoamento dos controles de acesso, higienização dos ambientes de trabalho, a criação de comissões para gerenciamento da crise, além de investimentos em tecnologia e processos. Assim, a maioria dos entrevistados (77%) revisaram políticas, procedimentos e layouts dos ambientes de trabalho para cumprir as novas normas legais decorrentes da pandemia.

Já a oferta de infraestrutura de trabalho aos profissionais que ficaram em casa, com reembolso de despesas com internet e telefone, quase dobrou em relação à pesquisa anterior, saltando de 10% para 23%. Diante dos desafios, 30% das organizações declaram que vão estudar seguir com essa política nos próximos meses.

O mapeamento também aponta que as empresas aumentaram a preocupação com o bem-estar da força de trabalho, de modo que 59% disponibilizaram programas como a prática de meditação e exercícios guiados por vídeo no período.

“Nossa expectativa é que esse novo cenário também traga inovações na legislação brasileira voltada para a relação de emprego, visando a correspondente adequação à nova forma de gestão de pessoas”, conclui a sócia da PwC Brasil.

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