Maturidade em cibersegurança ainda não é realidade entre empresas brasileiras
Falta de investimento adequado em recursos humanos e tecnológicos estão entre os principais desafios enfrentados pelos líderes
As empresas brasileiras ainda precisam percorrer um longo caminho para atingir um maior nível de maturidade em cibersegurança. De acordo com o relatório Cybersecurity Readiness Index (Índice de Preparação para a Cibersegurança), realizado pela Cisco, apenas 26% das empresas no Brasil estão no nível maduro de preparação necessária para serem resilientes contra os atuais riscos de cibersegurança.
Miller Augusto, CEO e Founder do Grupo Ivy, reforça que o cenário da cibersegurança no Brasil é crítico. “Apenas 21% das empresas que efetuamos uma jornada de DR (disaster recovery) possuíam estratégias sólidas de governança. Isso é assustador levando em conta o grau de maturidade esperado em um processo difundido por mais de 10 anos”, comenta o executivo. Para ele, a falta de conscientização e recursos eficazes são barreiras que precisam ser superadas para alcançar a maturidade necessária na defesa contra ameaças digitais.
“Uma das questões cruciais é a alocação insuficiente de recursos. O investimento em equipes altamente especializadas em segurança cibernética e em tecnologias de última geração é uma necessidade premente. A ausência desses recursos deixa as organizações vulneráveis a ameaças cibernéticas em constante evolução”, ressalta o CEO.
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A falta de investimento adequado em recursos humanos e tecnológicos estão entre os principais desafios enfrentados pelas organizações brasileiras. Muitas empresas ainda não destinaram os recursos necessários para construir equipes de segurança cibernética altamente qualificadas e implementar as tecnologias mais recentes em suas infraestruturas.
Uma outra pesquisa realizada pela Datafolha, em parceria com a Mastercard, revelou que apenas 31% das empresas priorizam a área de cibersegurança em seu plano de investimento. O resultado da falta de inclusão e investimento nesta área mostra que 57% das mesmas empresas já enfrentaram com alta ou média frequência fraudes e ataques digitais.
Entretanto, Augusto vê que a conscientização sobre a importância da cibersegurança está aumentando no ambiente empresarial brasileiro. As empresas estão percebendo que a proteção de dados não é apenas uma questão técnica, como também estratégica e reputacional. A perda de dados sensíveis pode resultar em danos irreparáveis à imagem da empresa, bem como em prejuízos financeiros significativos.
O executivo lembra que a busca pela maturidade em cibersegurança inclui a adoção de políticas de segurança robustas, a realização de testes de penetração regulares e a implementação de medidas de monitoramento contínuo. “A proteção dos ativos digitais e a preservação da confiança dos clientes são objetivos centrais, e a jornada para alcançá-los continua, com empresas buscando constantemente aprimorar suas práticas de segurança cibernética”, conclui.
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