Maioria da Geração Z e Millenials experimenta burnout, diz estudo

Levantamento da Betterfly relata ainda que mais de 40% dos entrevistados dessas gerações têm vontade de pedir demissão

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9:31 am - 15 de fevereiro de 2023
Imagem: Shutterstock

Profissionais das gerações Z (nascidos entre 1995 e 2010) e dos Millenials (entre 1981 e 1995) estão se sentindo exaustos no ambiente de trabalho, reportou novo estudo da Betterfly, plataforma de benefícios corporativos. Para o levantamento, foram ouvidos mais de 4 mil trabalhadores em países como Brasil, Chile, Argentina, Colômbia, Espanha, Equador, México e Peru.

Segundo o levantamento, 60% da Geração Z afirma estar com exaustão e sensação de burnout. Os Millennials não ficam atrás: 57% relatam exatamente os mesmos sintomas.

Dos jovens da Geração Z, 47% também alegam que a sobrecarga de trabalho é um problema. Enquanto o mesmo problema afeta 53% dos Millenials. Uma porcentagem semelhante dos representantes das duas gerações também sente vontade de pedir demissão — 45% da Geração Z, e 43% dos Millenials.

O estudo identificou outros problemas que acarretam o desempenho e o bem-estar dos funcionários, entre eles a falta de reconhecimento, o tratamento injusto e o ambiente de trabalho inadequado.

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Quando questionados sobre os principais fatores considerados para aceitar um novo emprego, a Geração Z prioriza remuneração (25%), possibilidade de crescer e se desenvolver (22%) e flexibilidade de horário ou modalidade de trabalho remoto/híbrido (16%) com os três principais.

Para Virgínia Vairo, head de Pessoas e Cultura da Betterfly no Brasil, é importante que os programas de bem-estar no local de trabalho contemplem todas as gerações e suas características.

“Embora o tema seja, geralmente, associado às gerações Z e millennials, a força de trabalho de uma organização é composta de várias gerações, por isso é necessário compreender as características que formulam os valores de um grupo demográfico para determinar seus desejos e necessidades no ambiente de trabalho. O sucesso de um programa de bem-estar multigeracional depende de muitos fatores, um deles é a adaptação às necessidades e objetivos de cada colaborador da organização”, diz.

Já para os Millenials, a remuneração é ainda mais importante: 30% considera o principal motivo para aceitar um trabalho, seguido da flexibilidade de horário ou modalidade de trabalho remoto/híbrido (15%) e possibilidade de crescer e se desenvolver (14%).

O estudo também buscou ouvir profissionais da Geração X (1965 – 1981). A maioria (50%) também está exausta, sobrecarregada (49%) e sentindo falta de reconhecimento profissional (49%). O número só cai se comparado às outras gerações quanto o tópico é vontade de pedir demissão (34%). O salário segue sendo o principal motivo para aceitar um emprego (28%). Mesmo que em menor porcentagem, a flexibilidade de horário ou modalidade de trabalho remoto/híbrido (14%) e a possibilidade de crescer e se desenvolver (13%) segue no top três motivos.

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