Generalista criativo é resposta para perfil de talentos cocriarem com inteligência artificial
Sumidade em futuro do trabalho, Ian Beacraft provoca sobre a criação de modelos que valorizam a criatividade, a adaptabilidade e a colaboração
Ian Beacraft, um dos principais futuristas de inteligência artificial e futuro do trabalho, tem desafiado paradigmas no cenário corporativo. Fundador e principal futurista da Signal and Cipher, Beacraft capturou a atenção do público ao subir no palco do SXSW com uma música que não contava com nenhum elemento humano na sua produção, destacando a crescente influência das máquinas hoje. “Estamos vivendo em um mundo de geração de conteúdos por máquinas”, sintetizou Beacraft, refletindo sobre a velocidade com que a inteligência artificial (IA) está transformando nossa realidade.
Beacraft aponta para a aceleração do progresso tecnológico, citando as previsões de Ray Kurzweil sobre a exponencialidade do avanço humano. Ele alerta para o fenômeno conhecido como “Martec’s Law”, que descreve a fricção entre o progresso humano e as mudanças tecnológicas, resultando em disrupção. Essa disrupção, argumenta Beacraft, está desafiando os modelos tradicionais de trabalho e exigindo uma nova abordagem.
Em sua visão, o futuro do trabalho exige uma mudança fundamental no paradigma atual. Ele enfatiza que a inteligência artificial não é mais um diferencial competitivo, mas sim uma expectativa de todo o mercado. O verdadeiro diferencial, provoca, está em criar sistemas que possam aproveitar todo o potencial da IA. Beacraft propõe, então, o conceito de “generalista criativo” na carreira das pessoas como uma resposta a essa demanda emergente.
No modelo do generalista criativo, cada indivíduo traz um conjunto diversificado de habilidades para a mesa, desafiando a noção convencional de especialização em uma única área.
“As organizações do futuro serão impulsionadas por agentes que orquestram recursos humanos e de IA para obter resultados eficazes. Nesse cenário, equipes pequenas terão um impacto massivo, enquanto as fronteiras entre humanos e automação se tornarão cada vez mais fluidas”, propõe.
Beacraft destaca ainda a importância da gestão do conhecimento potencializada pela IA, ressaltando a necessidade de privacidade e segurança de dados. Ele ilustra o avanço tecnológico por meio de exemplos, como a rápida evolução no processamento de imagens por meio de GPUs.
Para o especialista, o futuro do trabalho não está na simples automação de tarefas, mas na criação de modelos que valorizam a criatividade, a adaptabilidade e a colaboração entre humanos e máquinas. Ele conclui que o segredo para navegar nessa nova era reside na adoção de modelos generalistas, tanto para indivíduos quanto para empresas, e na capacidade de divergir e explorar diversas áreas de atuação.
Assim, o desafio não é apenas abraçar a inteligência artificial, mas também repensar a maneira de trabalhar e interagir com a tecnologia em constante evolução. O futuro, acredita Beacraft, pertence aos generalistas criativos que estão prontos para abraçar a mudança e liderar a próxima revolução no mundo do trabalho.
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