Biometria física é o método mais seguro para 90% dos brasileiros

Relatório da Experian, entretanto, alerta para golpes que buscam burlar etapas de segurança

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11:38 am - 20 de outubro de 2022
Imagem: Shutterstock

Nove em cada dez brasileiros consideram a biometria física como a tecnologia mais segura, segundo Relatório Global de Fraude e Identidade 2022 da Experian. A modalidade ficou à frente da biometria comportamental (90%) e dos códigos PIN (78%). Considerando dados dos 20 países envolvidos no levantamento, a biometria física é a mais segura para 81% dos participantes.

O processo de autenticação por biometria física considera o reconhecimento da impressão digital, da face, da retina, da íris e da voz. Já a biometria comportamental considera o padrão de comportamento: como a maneira que rola o scroll, a pressão que faz na tela, o jeito que digita, a forma que movimenta o celular, entre outros dados dinâmicos.

Há também a tecnologia de biometria comportamental por localização, que considera informações como o histórico de lugares frequentados por um dispositivo para validar o usuário.

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Rafael Garcia, gerente executivo de autenticação e prevenção à fraude da Serasa Experian, avalia que os dados da pesquisa são um reflexo da demanda dos brasileiros por maior conveniência e facilidade. “A biometria torna a experiência do cliente mais amigável e rápida, por isso, está se popularizando de forma acelerada entre os consumidores e isso é uma vantagem”, destaca.

No entanto, o especialista chama atenção para o fato de que a biometria física também pode estar suscetível a vulnerabilidades. Na biometria facial, por exemplo, os fraudadores tentam burlar a etapa de onboarding com imagens montadas, edição de vídeos em movimento, fotos com fundo falso e Deepfake, que são redes neurais capazes de gerar faces aleatórias bem convincentes.

Os criminosos também têm utilizado máscara 3D, um adereço realista para caracterizações artísticas ou composição de fantasias. Todos esses exemplos de ataques virtuais em que um fraudador tenta se passar por outra pessoa é chamado de spoofing, que está cada vez mais comum.

“Infelizmente vem acontecendo muito, por isso, é fundamental que as empresas estejam preparadas com soluções antifraude a fim de barrar essas tentativas dos criminosos e proporcionar mais tranquilidade ao consumidor. Um processo eficiente de autenticação contínua de clientes ajuda a prevenir essas ameaças digitais”, finaliza o executivo da Serasa Experian.

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