Integração alavanca uso de metodologias ágeis

Uso do Ágil em larga escala tem colocado desafios às empresas, muitos deles solucionados com o uso de arquiteturas modernas de integração

3:12 pm - 08 de junho de 2022
cultura ágil

A popularização do uso de metodologias ágeis para a criação de soluções rápidas tem trazido um novo desafio para as áreas de TI: escala. Comprovadamente eficaz em pequena escala, o uso do Ágil em grande escala cria dependências entre diferentes squads que, dependendo do volume, podem ser um entrave aos resultados.

“O Ágil em pequena escala todo mundo conhece, com times pequenos e resultados fenomenais na criação de soluções rápidas”, afirma o diretor de pré-vendas da Digibee, Daniel Dias. “Quando seu uso começa a crescer e a empresa precisa utilizar a metodologia em escala, chega um momento em que as dependências entre os diferentes times de desenvolvimento travam o processo”, explica.

É neste momento que muitas empresas têm perdido de vista o princípio central da agilidade, que é a capacidade de se adaptar e responder às mudanças. E isso funciona bem em pequena escala. “Mesmo que queiram se mover rápido, de forma independente, a realidade é que em grande escala todos esses times são dependentes uns dos outros. E isso dificulta sua capacidade de fornecer um fluxo rápido de mudança. Portanto, a principal questão para alcançar a agilidade organizacional em escala são essas dependências”, afirma Dias. Para o executivo, a primeira mudança deve ser de abordagem: as dependências devem passar a ser vistas como conexões.

Arquitetura Moderna de Integração

Para Dias, a manutenção de toda a eficiência obtida com os projetos em pequena escala passa pelas conexões entre os diferentes times de desenvolvimento. São eles os principais recursos que as organizações precisam abordar para serem mais flexíveis, recombinadas e conectadas. “A verdade é que essas conexões são, na verdade, integrações. As mesmas integrações com as quais estamos muito acostumados a lidar, só que com nova roupagem e comportamento”, ressalta.

Essas conexões começaram a surgir com a implementação das arquiteturas orientadas a serviços, que funcionaram bem durante um tempo e até hoje ainda são utilizadas por muitas empresas. O problema é que esta arquitetura foi criada em um mundo ainda estático, com premissas baseadas em centralização e controle, resultando em arquiteturas rígidas e difíceis de mudar e, nos dias de hoje, arriscadas.

Mais recentemente surgiram as APIs, hoje vistas como um modo de padronizar a maneira como os aplicativos (e equipes) se conectam. Dias reforça que, mesmo que tenham vindo para ficar, as APIs, ainda não são suficientes para garantir um ambiente ágil em larga escala. “Elas não são suficientes porque sua função principal é servir como o contrato, determinando o que as duas partes devem esperar uma da outra. Mas alguém ainda precisa conectar estas APIs. Por isso precisamos de algo novo”, diz.

Dias defende a criação de uma arquitetura que aplique práticas modernas de integração, preparando o terreno para que a agilidade organizacional possa ser efetivamente implementada. É essa arquitetura que será o facilitador para que as mudanças fluam em escala. Para isso, a Digibee está propondo uma série de princípios que esta nova arquitetura de integração deve seguir para ajudar às organizações a darem escala aos seus projetos ágeis.

O primeiro ponto é se afastar da centralização, percebendo que o mundo está distribuído agora, com coisas acontecendo em muitos lugares diferentes e com ritmos diferentes. É preciso reconhecer os padrões modernos de aplicativos em nuvem para oferecer uma solução mais dinâmica.

As integrações também devem se tornar um problema de primeira classe. “Queremos dizer que as integrações devem ser vistas como fortalecedoras. Antigamente a gente fazia no último minuto, sem os devidos cuidados. Não é um mal necessário ou algo de menor importância – é um fator de diferenciação para o negócio”, explica, lembrando que, como um problema de primeira classe, as integrações também devem ser vistas como um problema de ponta a ponta, que vai além da fase de pré-implantação e deve ter governança para além de suas definições.

Outro princípio é confiar menos nos códigos para lidar com integrações. O executivo ressalta que as organizações devem investir no desenvolvimento de código onde for importante. Nos algoritmos de aprendizado de máquina, nos aplicativos que estão desenvolvendo, e assim por diante. “Ninguém precisa de mais uma pilha para gerenciar. Portanto, a arquitetura de integração moderna realmente ajuda esses desenvolvedores exigindo menos código ou até mesmo nenhum código”, diz.

A Digibee também propõe mudar o conceito de que as integrações são uma atividade exclusivamente tecnológica, que não pode ser compreendida ou receber a colaboração de outros stakeholders. Nas dinâmicas atuais, muitos stakeholders diferentes estarão, sim, interessados ​​nos recursos propostos por tal arquitetura e nos novos recursos que ela pode gerar.

Dias vai além e lembra que algumas empresas estão percebendo isso. Ele cita alguns casos da própria Digibee, como clientes que lançaram novos produtos em apenas quatro semanas,  reduziram despesas operacionais em 89% ou reduziram em 30% o número de chamadas em suas centrais de atendimento. “O uso da Arquitetura Moderna de Integração, suportada por uma plataforma como a Digibee, ajudou clientes a reduzirem em 40% o cronograma e orçamento de projetos de modernização de sistemas core. Estes são resultados de negócio, entregues de maneira ágil, suportados por uma arquitetura moderna de integração”, conclui.