Pure Storage: em 5 anos nenhum data center comprará disco mecânico

Wilson Grava, vice-presidente da Pure Storage para América Latina, aposta que tecnologia flash dominará mercado

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9:25 am - 14 de junho de 2023
Wilson Grava, Pure Storage Wilson Grava. Foto: Divulgação

Há mais de uma década, o flash chegou ao mercado como uma mudança de paradigma para o setor de armazenamento de dados. Hoje, a conversa em torno dessa da tecnologia já é natural e muito em breve ela será soberana nos datas centers. A perspectiva é de Wilson Grava, vice-presidente da Pure Storage para a América Latina.

“Acreditamos que em cinco anos, nenhum data center no mundo comprará disco mecânico. Ele estará morto para novas compras. Para nós, isso é espetacular, pois iniciamos essa revolução há 14 anos”, lembra ele, acrescentando que antes havia uma comparação enorme do disco e flash, com muitas girando em torno da capacidade bruta do equipamento. “Era impossível competir 30 terabytes de flash comparado com o disco mecânico. A grande sacada da Pure há 14 anos foi comprimir a informação para caber nessa mídia, que está então era mais cara que o disco mecânico. Esse período serviu para o mercado nos alcançar. Hoje, a mídia já não é tão cara e a tecnologia de compressão virou padrão de mercado”, comemora ele.

É claro que a cada ano a tecnologia flash evolui, gerando saltos exponenciais em sua capacidade, o que facilita ainda mais a conversa com empresas desafiadas pelo crescimento acelerado de dados e a necessidade de explorar essa massa muito rapidamente.

Parte dessas novidades foram apresentadas hoje (14/6) pela Pure Storage em seu evento anual para parceiros e clientes, o Accelerate, que acontece em Las Vegas, no Estados Unidos. Uma delas é o lançamento da próxima geração de modelos FlashArray//X e //C R4. Segundo Grava, os novos modelos FlashArray fornecem às empresas agilidade de dados, desempenho, segurança e economia de custos necessários para escalar as operações de negócios de forma contínua.

A nova versão possibilita um aumento de desempenho de até 40%, velocidades de memória mais de 80% para suportar maior consolidação de carga de trabalho e 30% de aumento de compactação em linha para ampliar ainda mais a capacidade de armazenamento, pelo mesmo preço. “É basicamente um salto quântico em matéria de performance”, destaca o executivo.

O executivo revela ainda a expansão da família de produtos Pure//E voltada para substituição de disco com o novo FlashArray//E. “Essa é uma parte do data center que ainda não estávamos. Geralmente, a menos nobre, onde se encontra uma série de equipamentos de disco mecânico para fazer backup. Queremos transformar esse lixo eletrônico do data center em algo pequeno que cabe de 1 a 4 petabytes em um espaço de um micro-ondas, literalmente, e eliminar esse lixo que está poluindo os data centers”, explica.

Com essa linha, prossegue Grava, a empresa ataca os níveis do data center: aplicações core, tudo o que está em volta dessas aplicações, ou seja as aplicações críticas, e a terceira com a linha E, que vai cobrir todo o entorno. “Estamos preparados para o futuro.”

Outra novidade está relacionada à proteção contra o sequestro de dados, o ransomware. Agora, a Pure Storage aumenta sua resiliência de dados com a nova garantia de SLA de ransomware para Evergreen//One e AIOps aprimorados, permitindo que empresas se beneficiem de uma estratégia abrangente de proteção. “Isso significa que garantimos, no papel, que nossos clientes não serão vítimas de ransomware e se forem a recuperação é instantânea. Isso sem custo adicional, só com atualização do sistema”, detalha.

Com as novidades, Grava aponta que a Pure Storage se torna um parceiro completo de armazenamento. “Temos um leque de opções para atender qualquer data center em qualquer tipo de necessidade. Seguimos firmes em nosso processo de inovação, com novidades técnicas constantes.”

Expectativas

Na visão de Grava, os anúncios são muito importantes para a empresa na América Latina e vão movimentar os negócios da empresa na região. A empresa não abre números regionais ou locais, mas o executivo apontou que a Pure Storage levou para seu evento anual mais de cem pessoas, entre clientes e parceiros, em um claro indicativo de que os negócios da empresa vão bem na região.

“Vai movimentar muito o mercado, tanto em alto nível, em missão crítica, quanto na oportunidade de entrar em mercados mais sensíveis a preço. O desafio é romper os paradigmas de que é preciso trocar os equipamentos a cada três anos. Isso não é normal. Mantemos o investimento e todo o benefício de economia espaço, energia, são equipamentos muito verdes, que consomem pelo menos um quinto do espaço da energia elétrica de um equipamento tradicional”, pondera ele.

Proteção do investimento

A questão de manter o investimento é um item relevante destacado pelo executivo a todo momento. Segundo ele, a Pure Storage já nasceu com essa essência. “Desde o início, chegamos com a premissa de eliminar o ciclo de ter que comprar tudo novo a cada três ou quatro anos. Nós conseguimos fazer uma evolução do equipamento. Temos clientes que há dez anos não tem parada de sistema, ou janela de manutenção”, conta ele.

Hoje com presença no Brasil, México, Chile, Colômbia e Porto Rico, a Pure Storage tem centros de suporte na América Latina, onde também fabrica seus equipamentos e SLA de quatro horas em todas as capitais nas quais opera e uma comercialização 100% atendida via canal.

Apesar da consolidação do mercado de data centers, uma das grandes verticais para a Pure Storage, Grava aponta que a informação nunca vai diminuir. Ao contrário. Cresce de forma exponencial ano a ano. “Vemos nesse processo a inclusão de mais dados nos equipamentos e conseguimos gerar ganhos de escala”, finaliza.

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