Zuckerberg anuncia 11 mil demissões e pede desculpas
Presidente-executivo da Meta disse em comunicado que reduções acontecerão em todo o mundo
Mark Zuckerberg, presidente-executivo da Meta, disse que a companhia demitirá mais de 11 mil colaboradores na primeira grande rodada de demissões na história da gigante. As reduções, equivalentes a aproximadamente 13% da força de trabalho, foram divulgadas hoje (9) em um comunicado.
A empresa também estenderá seu congelamento de contratações até o primeiro trimestre. “Quero assumir a responsabilidade por essas decisões e por como chegamos aqui”, disse Zuckerberg no comunicado enviado aos funcionários da Meta e publicado no site da empresa. “Sei que isso é difícil para todos e lamento especialmente os afetados.”
A empresa disse que, embora as reduções ocorram em toda a empresa, sua equipe de recrutamento será desproporcionalmente afetada e suas equipes de negócios serão reestruturadas “de forma mais substancial”. A Meta também reduzirá sua pegada imobiliária e revisará seus gastos com infraestrutura.
A Meta, cujas ações caíram 71% este ano, está tomando medidas para reduzir custos após vários trimestres de lucros decepcionantes e queda na receita. A redução, a mais drástica da empresa desde a fundação do Facebook, em 2004, reflete uma forte desaceleração no mercado de publicidade digital, uma economia oscilando à beira da recessão e o investimento multibilionário de Zuckerberg em um impulso especulativo do metaverso.
Zuckerberg disse no comunicado que havia antecipado que o aumento no comércio eletrônico e no tráfego da web desde o início dos bloqueios do Covid-19 faria parte de uma aceleração permanente. “Mas a desaceleração macroeconômica, o aumento da concorrência e a perda de sinal de anúncios fizeram com que nossa receita fosse muito menor do que o esperado. Eu entendi isso errado.”
Os funcionários continuarão a ter acesso a seus e-mails para que possam se despedir dos colegas, embora tenham sido isolados de sistemas corporativos mais sensíveis, disse Zuckerberg. Os trabalhadores dos EUA que foram cortados também receberão 16 semanas de seu salário-base como indenização, mais duas semanas para cada ano que trabalharam na empresa. A empresa também está oferecendo seis meses de cobertura de assistência médica, bem como serviços de carreira e apoio à imigração. Os pacotes serão semelhantes fora dos EUA, de acordo com as leis trabalhistas locais, disse.
*Com informações da Bloomberg
