EXCLUSIVO: Veritas cresce 30% na AL e projeta salto com segurança em nuvem

Em visita ao Brasil, CEO global da empresa, Greg Hughes, conversou com IT Forum sobre os resultados e as expectativas para o negócio

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11:28 am - 18 de maio de 2023
Gustavo Leite, Greg Hughes, Veritas Gustavo Leite (esquerda) e Greg Hughes, da Veritas. Foto: Divulgação

Em sua segunda passagem pela Veritas, Greg Hughes assumiu como CEO da empresa em 2018. De lá para cá, o crescimento da companhia focada em soluções de segurança tem sido notório, globalmente e, especialmente, na América Latina, onde registrou salto de 30%.

O executivo, que tem em seu estilo de liderança a proximidade como grande marca, visita nesta semana pela primeira vez a operação brasileira para conversar com funcionários, clientes e parceiros. Com exclusividade para o IT Forum, ele revelou que este é um momento interessante e único da organização.

“Nosso negócio sempre foi de backup e recuperação, mas agora adicionamos resiliência de aplicativos e conformidade de dados. Essas são nossas três principais linhas de negócios. Se uma empresa é atacada por cibercriminosos e eles tiverem criptografado o armazenamento principal, a última linha de defesa é a cópia de backup. Então, esse está se tornando um tópico muito estratégico”, afirma, confidenciando conversas que teve com CIOs de grandes negócios, que relataram que suas atenções estão voltadas justamente para essas três frentes.

A questão da recuperação se tornou muito crítica nos últimos anos, não só porque novas formas de roubo de dados começaram a ser colocadas em prática, mas também por conta da nuvem, diz ele.

“Todos os provedores de nuvem têm ferramentas próprias para backup e recuperação. Mas elas só funcionam para aquela nuvem. Não funcionam através das nuvens. Portanto, estamos vendo nosso negócio de nuvem crescendo muito rapidamente também”, destaca ele.

Investimento em cibersegurança

Hughes observa que ainda há um paradigma a ser quebrado quanto ao investimento em segurança da informação. Ainda há empresas que somente olham para o tema depois de sofrerem ataques.

O executivo, contudo, aponta que os negócios estão sendo educados muito rapidamente agora, inclusive sendo um tema que está tirando o sono dos CEOs. “Estava em uma grande conferência para CEOs na semana passada e eles estão realmente muito preocupados com o ransomware e uma melhor resiliência cibernética.”

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Um dos argumentos que tem feito as companhias adotarem rapidamente soluções de cibersegurança é questionando quanto tempo elas demandariam para se recuperarem e retomarem as atividades normalmente. A resposta, em muitos dos casos, conta, é de três semanas. “Esse prazo não é aceitável. Então, o trabalho que estamos fazendo de forma proativa, em vez de reativo, é como apoiar em toda a jornada de segurança”, observa.

Resiliência cibernética e o apelo da nuvem

Presente em 87% das Fortune Global 500, Hughes indica que a Veritas tem bastante atratividade para o segmento financeiro e a resiliência cibernética é crítica para esse setor, que está agora em plena evolução para a nuvem.

“Definitivamente esta é a razão número dois pela qual tivemos tanto sucesso no último ano fiscal, porque vemos muitos clientes no Brasil migrando para a nuvem. E nós os temos ajudado nessa estratégia porque eles geralmente tendem a entender que estão protegidos na nuvem, mas não estão. E as relações que temos com a Microsoft com a AWS também nos ajuda a fazer um planejamento com eles e garantir essa jornada para a nuvem de forma tranquila”, aponta.

A própria Veritas está agora fazendo um forte movimento dos seus produtos para a nuvem. E, na visão de Hughes, não se trata de uma migração tardia. “Estamos no momento perfeito, porque muitos dos nossos grandes clientes estão em setores fortemente regulamentados, como bancos, serviços financeiros, telecomunicações e energia. E então, eles esperaram para entrar na nuvem”, destacou ele.

Tanto é que em 2022, a Veritas lançou a Veritas Cloud Scale, uma refatoração completa da tecnologia para funcionar nas pilhas nativas do Kubernetes da AWS, Microsoft e Google Cloud, tornando-a voltada para microsserviços em contêineres. “Isso é importante, porque permite que nossos clientes aumentem e diminuam suas estrutars, sejam totalmente elásticos e tenham capacidade de ir para nuvem sem ter sustos financeiros”, explica.

Como parte desse movimento, a empresa também anunciou a Veritas Alta, plataforma de gerenciamento de dados em nuvem da Veritas, que apoia a gestão de vários sistemas. Segundo Gustavo Leite, vice-presidente para América Latina da Veritas, o mercado brasileiro recebeu muito bem a solução e já há cases em curso.

Hughes observa muitas oportunidades de crescimento do uso de soluções de cibersegurança no Brasil, com o apoio direto dos parceiros da Veritas, já que o modelo comercial da empresa é feito 100% via canal.

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