Uber anuncia compra de startup de entrega de alimentos por US$ 2,65 bi
Acordo pela aquisição da Postmates foi fechado entre as empresas, mas ainda está sujeito à aprovação regulatória
A Uber Technologies anunciou nessa segunda-feira (6) que adquirirá a startup Postmates por US$ 2,65 bilhões, depois de amplas negociações. Segundo a Uber, os conselhos de ambas as empresas aprovaram o acordo, para o qual a empresa atualmente espera emitir cerca de 84 milhões de ações ordinárias. Com a aquisição, a Uber expande sua participação no mercado de entrega de alimentos e pode se tornar a segunda no segmento.
Com todas as ações do acordo, a Uber alcançaria uma participação de aproximadamente 30% no mercado de entrega de alimentos dos EUA, de acordo com a Reuters. Segundo a empresa de análise Second Measure, a Uber fica atrás somente da DoorDash, que comanda cerca de 45% do mercado.
Dara Khosrowshahi, CEO da Uber, disse que espera que o acordo gere lucratividade para a unidade Uber Eats, de acordo com a Reuters, além de cerca de US$ 200 milhões em sinergias de economia de custos em cerca de dois anos e ganhos adicionais de eficiência com a tecnologia de roteamento mais inteligente da Uber.
Khosrowshahi também disse na segunda-feira a analistas que a parceria permitiria que o Uber Eats expandisse o serviço para entrega de mantimentos, produtos de higiene pessoal e moda. O executivo afirmou ainda que cerca de 30% dos pedidos dos Postmates são de assinantes, segmento do qual a Uber pretende expandir com seu próprio serviço de assinatura.
Durante a pandemia, a Uber lançou uma opção para entrega de pedidos através de seus motoristas e se uniu a supermercados em vários países. A aquisição permitirá, então, expandir para a rede existente dos Postmates em 4.200 cidades dos EUA.
Mesmo com um aumento na demanda induzido pela pandemia, o Uber Eats registrou uma perda de EBITDA ajustado de US$ 313 milhões no primeiro trimestre, diz a publicação. O Uber disse que as reservas da Eats mais que dobraram no segundo trimestre, mas a empresa se recusou a fornecer detalhes financeiros adicionais à agência de notícias.
