Totvs anuncia cisão da TFS e aporte de R$ 600 milhões da B3
Unidade de serviços financeiros da empresa brasileira ganhará autonomia após aporte da bolsa de valores brasileira
A Totvs anunciou nesta segunda (12) uma cisão de capital (carve-out) da Totvs Financial Services, ou TFS, que – apesar de ainda se manter como parte da fabricante brasileira de software – ganha “total autonomia” para prestar serviços de tecnologia para empresas do mercado financeiro, inclusive fintechs. A empresa receberá um aporte primário de R$ 600 milhões da B3, a bolsa de valores brasileira.
De partida o aporte transforma a companhia em uma gigante de R$ 1,6 bilhão em valor de mercado. A B3 passa a ser sócia da empresa e deterá 37,5% de participação. Segundo a Totvs, nos últimos anos a operação da TFS, que conta com um time de 400 colaboradores, apresentou crescimento e rentabilidade, com receita líquida em de 2020 de aproximadamente R$ 140 milhões.
”Temos buscado caminhos criativos para gerar ainda mais valor a nossos stakeholders e construído novas avenidas de crescimento, seja por meio da venda de operações que não estejam mais alinhadas à nossa estratégia, seja pela criação de joint-ventures, aquisições em diferentes segmentos e portes, investimento contínuo em inovação orgânica e, agora, pelo primeiro carve-out de uma operação com alto potencial de crescimento”, diz em comunicado Dennis Herszkowicz, CEO da Totvs.
A companhia terá como CEO Denis Piovezan, ex-vice-presidente da Linx. O executivo também tem passagens pelo Banco Ibi, WalMart, Losango, Smiles e Banco Plural.
Plano de crescimento
A TFS oferece uma plataforma de processamento e controle de middle e back offices de fundos de investimentos, além de core banking para processamento de produtos financeiros de pequenos e médios bancos. Também processamento e gestão para administradoras de cartões private label.
Segundo a Totvs, a TFS tem nos planos realizar aquisições e parcerias, além da implementar um plano de desenvolvimento orgânico – o que inclui aumentar o portfólio de acordo com as demandas do mercado.
“Autonomia na gestão e um plano ambicioso focado nos clientes são os ingredientes principais dessa nova etapa da TFS”, diz Piovezan.
O ingresso da B3 como sócia na companhia ainda depende da aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).