Todos os caminhos levam ao ESG: como preparar o terreno?

Priorizando mudanças com demandas atuais, é fundamental que lideranças trabalhem por uma cultura capaz de absorver iniciativas transformadoras

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9:44 am - 20 de setembro de 2022
ESG Foto: Shutterstock

Dentro do contexto de iniciativas voltadas para o posicionamento de empresas e organizações, o conceito de ESG (Ambiental, social e corporativo, em tradução livre) representa um compromisso firmado a nível global, a fim de atender necessidades que vão além da prestação de serviços ou comercialização de produtos. Aqui, o objetivo maior é construir uma cultura organizacional com um DNA firmado em princípios básicos de sustentabilidade, responsabilidade social e conformidade para a governança como um todo.

O assunto é bastante amplo, isso é fato. Também não se pode debater o tema sem considerar aspectos e circunstâncias que são naturais à realidade de cada companhia, o que expõe a importância de uma visão próxima e humana, especialmente sobre a participação das pessoas nesse processo – as maiores protagonistas para que esse novo mindset seja disseminado internamente.

Mudanças, usualmente, exigem tempo de adaptação. Podem oferecer focos de resistência, obstáculos, entre outros entraves que não devem se transformar em impeditivos para ações necessárias. Se por um lado o ESG é uma finalidade a ser perseguida, tão importante quanto colocá-la em prática é ter a certeza de que o terreno cultural está preparado para explorar suas contribuições, sem entradas forçadas ou medidas pouco aderentes.

Um viés disruptivo para a gestão de pessoas

O que é ser disruptivo? Quando o assunto é transformação digital, utilizando como referência a consolidação de soluções inovadoras, esse é um termo empregado com certa frequência. Não por acaso, afinal, traz consigo a relevância de se manter em um estado de volubilidade, isto é, capaz de se modificar de acordo com demandas momentâneas. Sem dúvidas, essa mentalidade se estende à governança em sua totalidade, e precisa, ainda, partir de lideranças que encabeçam setores inseridos no universo proposto pelo ESG.

Como introduzir políticas relacionadas à sustentabilidade, reimaginando hábitos e métodos operacionais, sem que todos se encontrem em um modus operandi de mudança? Ou seja, abertos e propícios a deixarem um lugar comum, uma zona de conforto, em prol de alternativas que, além de beneficiarem o negócio, servirão de estímulo para o crescimento individual e coletivo. A conscientização é a espinha dorsal de ações que provoquem efeitos positivos a curto, médio e longo prazo.

ESG aponta para um futuro que já começou

Não seria nenhum exagero afirmar que o ESG começa pela governança e seu nível de maturidade enraizado entre os colaboradores. Afinal, é simplesmente inconcebível esperar que transformações sejam implementadas se o próprio gerenciamento não enxerga o capital humano com a devida complexidade. Por tanto, respondendo à pergunta que intitula o artigo, entendo que a aderência e o sucesso por trás de movimentações do tipo estão diretamente ligados às condições culturais apresentadas.

Após um diagnóstico abrangente, que levante pontos de aprimoramento, reformule a participação das equipes responsáveis e aponte, de forma realista, como e onde a organização pode iniciar sua jornada de ESG, o espaço para avançar com exigências impostas pela sociedade ficará muito mais cristalino. O resultado será uma empresa verdadeiramente preparada para atender a pautas sociais, ambientais e corporativas, sem exceções.

*Pedro Augusto Bueno, diretor executivo de Gente e Gestão na Comm

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