Senso de pertencimento é grande diferencial do Airbnb

O Airbnb se caracteriza como um marketplace que conecta espaços a pessoas interessadas em viajar e se hospedar no local.

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6:08 pm - 27 de janeiro de 2016

Quem nunca passou uma semana viajando e, ao final da diversão, bateu aquele sentimento de querer voltar o quando antes para casa? O Airbnb trabalha exatamente com esse senso de pertencimento para atrair clientes e fazê-los se sentir em casa, mesmo estando do outro lado do mundo. “Como resgatar experiências pessoais de maneira que você se sinta em casa, que se identifique com o local para o qual está viajando?”, perguntou Leonardo Tristão, diretor-geral da Airbnb para o Brasil. O executivo se apresentou nessa quarta-feira (27/1), na Campus Party 2016 no Anhembi, em São Paulo.

A essência por trás do sucesso do Airbnb é exatamente esse senso de pertencimento, de acordo com o executivo. “Esse é o grande conceito por trás disso: é aquele lugar eventualmente poderia ser sua casa”, conta. “O Airbnb nao é apenas empresa de tecnologia ou de viagem. É mais do que isso, é um novo conceito, uma nova maneira de se ver e encarar as viagens.”

O Airbnb se caracteriza como um marketplace que conecta espaços a pessoas interessadas em viajar e se hospedar no local. Mas antes de se estabelecer, a história do site teve muitos ajustes, conta Tristão. 

Tudo começou com Brian Chesky e Joe Gebbia, os dois criadores da empresa, o primeiro é atualmente CEO e o segundo CPO. Estudaram design na faculdade e lá, pela primeira vez, ouviram a palavra empreendedorismo. Os dois amigos, até então designers, foram a San Francisco (EUA) para uma conferência voltada para o segmento – e foi ali que eles se tornaram empreendedores. 

>> Confira em tempo real a cobertura completa da Campus Party 2016

Ao perceberem que o evento receberia uma porção de pessoas, viram uma oportunidade para montar o chamado “bed and breakfast”: um local onde poderiam acomodar quem não tivesse quarto reservado em um hotel e que não precisaria de muito investimento, apenas de uma cama e comida. Com colchões de ar, os dois montaram o “air bed and breakfast”. “E dai você podem imaginar de onde veio o nome Airbnb”, disse Tristão. 

A partir de então, Brian e Joe montaram um site para recepcionar os futuros inquilinos e três “guerreiros”, como brincou o executivo, aceitaram o desafio. Kat, Amol e Michael foram os primeiros hóspedes do futuro empreendimento. “Essa iniciativa mudou a história de todos que estava ali”, conta Tristão. “Foi ali que eles entenderam que fazer uma amizade demanda tempo e identificação com a outra pessoa. Mas aqueles três estavam ali, dentro de casa, em um conceito completamente novo, então a amizade se condensou em poucos dias”, disse. O momento foi disruptivo e tinha potencial para ser explorado.

De um site que só aparecia com oportunidades para quando havia grandes eventos, os dois amigos cresceram e se transformaram em uma plataforma conhecida por não possuir espaço físicos próprios e por trazer essa experiência diferenciada a cada viajante.

Estratégia para o Brasil
Esse é um ano importante para o Airbnb no País, de acordo com Tristão. “Queremos ser protagonistas nos Jogos Olímpicos”, afirmou o executivo, completando que a empresa já está preparada para recepcionar visitantes. 

“Conseguimos criar impacto em todas as cidades. Temos reservas, inclusive, em bairros que não possuem oferta de hotéis”, conta o executivo. Só no Rio de Janeiro, sede do evento, já há registrado no site mais de 120 mil locais anunciados. Além disso, a empresa investe em boas práticas para ensinar quem quiser ser um anfitrião a ser um dos bons.

No Brasil, o crescimento da companhia também foi bastante significativo nos últimos anos. “Somos talvez o povo mais anfitrião que existe e com isso, combinado com a capacidade de inovação e de empreender, temos a receita perfeita para incentivar o crescimento”, afirma. 

Na época da Copa, o porcentagem de brasileiros era de 6%. Agora, mais de 50% de todas as reservas no Brasil são feitas por brasileiros. ”O site registrou crescimento de 46% ano a ano em anúncios para acomodações e uma taxa de 122% de viajantes nacionais ano a ano que passaram a utilizar a plataforma”, finaliza o executivo. 

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