SAP Labs em São Leopoldo é mais novo SAP Leonardo Center

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10:17 am - 04 de agosto de 2017
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Há alguns meses, quando lançou o SAP Leonardo, a fabricante alemã de software elegeu a solução como sua vedete. As apostas são altas na plataforma, que tem em seu core internet das coisas (IoT), machine learning, blockchain, design thinking, big data e analytics. Agora, a empresa deu mais um passo na estratégia de expansão de adoção da tecnologia ao incluir o SAP Labs Latin America, em São Leopoldo (RS), como um de seus SAP Leonardo Centers.

O SAP Leonardo Center em São Leopoldo junta-se aos outros dois da rede, um em Nova Iorque (EUA) e outro em Paris (França). Depois do Brasil, a próxima unidade a abrigar o laboratório será a cidade indiana de Bangalore.

A bandeira do SAP Leonardo Center é a aposta em coinovação e transformação digital das empresas. Assim, segundo explicou Tanja Rueckert (foto), presidente da unidade de negócios IoT & Digital Supply Chain da SAP, no Leonardo Center clientes e parceiros terão acesso à plataforma Leonardo para inovar, criar protótipos e escalar ideias. “A transformação digital é agora e terá um impacto gigantesco no mercado”, justificou a executiva em conversa com jornalistas no SAP Labs Latin America.

Para extrair o melhor da transformação digital, o Leonardo, contou ela, será chave. “É pilar fundamental da nossa estratégia e para nossos clientes. Com SAP Leonardo, é possível desbloquear todo o potencial de uma companhia inteligente”, disse, citando frase de Bill McDermott, CEO da SAP.

Tanja relatou, ainda, que a companhia anunciou recentemente que vai investir, até 2020, 2 bilhões de euros em internet das coisas, um dos pilares do Leonardo. “Estamos empenhados na sua evolução”, comentou.

Em março deste ano, McDermott esteve no Brasil para anunciar investimento adicional de R$ 40 milhões em cinco anos no SAP Labs Latin America para o desenvolvimento de tecnologias voltadas à digitalização das empresas no País, como soluções de IoT para o agronegócio.

Infraestrutura ideal

Dennison John, presidente da SAP Labs Latin America, apontou que a escolha do SAP Labs como um Leonardo Center aconteceu muito em função do aproveitamento da estrutura que já existe no local, em um espaço de 17 mil metros quadrados, além de todo o ecossistema favorável próximo, muito conectado com startups e universidades. Naturalmente, o time de talentos SAP focado em inovação também foi um dos motivos da escolha.

Segundo ele, o local já conta com 30 profissionais – de um total de 900 do SAP Labs – trabalhando no portfólio SAP Leonardo, com suporte local ao SAP Leonardo Center. Além disso, desde o anúncio da tecnologia no evento anual da empresa, o Sapphire Now, mais de 4,3 mil visitas individuais foram feitas de pessoas interessadas na ferramenta.

Por dentro do Leonardo

Luis Verdi, chief customer officer da SAP América Latina, detalhou que o Leonardo é um sistema de inovação digital, que habilita diferencial competitivo para as empresas. O potencial da plataforma é grande, garantiu. Por isso, tem atraído empresas. Ele apontou que o interesse é um mix de novas empresas e base instalada – que, hoje, no Brasil, soma 11 mil companhias.

Ele ressaltou, inclusive, o fato de o Leonardo ser comercializado a partir de um modelo de subscrição. “Ele se encaixa dos grandes aos pequenos negócios. Para startups, é possível usar a tecnologia para testar usos por meio do programa SAP Startup Focus.”

Aposta em coinovação

Nos últimos anos, a SAP tem apostado forte no modelo de coinovação ao convidar clientes para criar soluções específicas de indústrias com base na sua tecnologia. De acordo com Daniel Duarte, executivo-chefe de inovação e experiência do cliente no SAP LAbs Latin America, cerca de 20 projetos já foram realizados nesse formato.

Um dos exemplos mais emblemáticos de coinovação da SAP é com a Stara, fabricante gaúcha de máquinas e implementos agrícolas, que, inclusive, foi o primeiro cliente de Leonardo da companhia em solo nacional.

A parceria resultou no SAP Connected Agriculture. Em demonstração no SAP Labs, Thiago Iagupohn, da SAP, detalhou o funcionamento da solução. Um computador de bordo nas máquinas Stara interage com a nuvem e passa dados para o maquinário, que trata de aplicar fertilizantes nas quantidades adequadas e nos locais escolhidos previamente. “Com as informações, pode-se ver a rentabilidade do talhão em tempo real”, contou.

*A jornalista viajou a São Leopoldo (RS) a convite da SAP

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