Quase metade dos profissionais empregados quer mudar de emprego

Estudo da Robert Half indica que recrutadores tem dificuldade de encontrar profissionais com requisitos técnicos e comportamentais necessários

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8:03 pm - 19 de setembro de 2022
Imagem: Shutterstock

Uma nova edição do Índice de Confiança da consultoria de recursos humanos Robert Half alerta para uma realidade que parece não dar sinais de melhoria para os recrutadores. Segundo o estudo, 45% dos profissionais atualmente empregados pretendem mudar de emprego até o fim do ano.

Esse potencial de mudança pressiona ainda mais as áreas de RH, já que 77% dos recrutadores entrevistados afirmam que encontrar profissionais com os requisitos técnicos e comportamentais necessários para o preenchimento das vagas em aberto está difícil ou muito difícil. Na percepção de 67% deles, o cenário não deve mudar nos próximos seis meses, enquanto 26% acreditam que a busca ficará ainda mais difícil.

A lacuna pode se tornar ainda maior tendo em vista que 32% das empresas afirmam que têm a intenção de contratar nos próximos meses, com 26% das empresas afirmando que a intenção de contratação é alta ou muito alta.

Mas o que mais motiva os profissionais empregados a buscarem outras oportunidades? Segundo a Robert Half, entre as quatro principais razões para o interesse na mudança, 73% dos entrevistados buscam melhor remuneração, 48% não enxergam chances de crescimento onde estão, 19% desejam benefícios mais atrativos e outros 19% sentem seus valores desalinhados aos da organização.

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“Com menos candidatos disponíveis, para sair na frente da concorrência é preciso atenção com relação a fatores que possam gerar insegurança nos profissionais, permitindo que eles se sintam tentados a cogitar novas oportunidades. Aqui, falo sobre definição clara do modelo de trabalho, avaliação sobre necessidades de ajustes na cultura da empresa, lembretes sobre os propósitos das ações e incentivo à construção de um ambiente humanizado em que as pessoas mantenham a conexão umas com as outras, mesmo que em alguns casos à distância”, orienta Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.

Para o especialista, também é fundamental apoiar e formar líderes que possam acolher os liderados, “mas para isso também se faz necessária a criação de pontos de apoio na estrutura da organização”, completa.

O estudo também avaliou o que os candidatos mais valorizam em um processo seletivo. De acordo com os que estão em busca de recolocação, os três aspectos que mais os atraem em um processo seletivo e contam positivamente na tomada de decisão são: transparência (67%), comunicação clara dos desafios de trabalho (58%) e valores/propósito da empresa contratante (52%).

Em seguida, aparece remuneração competitiva (50%) e agilidade do processo (42%).

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