Oscar: filmes mais pirateados da premiação escondem malwares
Em 2019, a Kaspersky registrou 682 milhões de ataques por malware, ou 21 tentativas de infecção por segundo no Brasil
Neste domingo (9) acontece a cerimônia de premiação do Oscar. Como nem todo mundo teve tempo ou recursos para assistir aos filmes que estão concorrendo, muitos apelam para o download ilegal de conteúdo. A empresa de segurança Kaspersky, por outro lado, alerta para os riscos da prática.
Segundo o Torrent Freak, na última semana, seis dos dez filmes mais pirateados na internet estão concorrendo à estatueta de ouro. Estes foram alguns dos filmes mais baixados, segundo a publicação:
- Ford vs Ferrari: no topo dos downloads e com quatro indicações ao Oscar
- Coringa: quarta posição no ranking e concorrendo em 11 categorias
- 1917: em sexta posição e concorrendo a uma estatueta
- Frozen 2: sétimo lugar, concorrendo a duas premiações
- Era Uma Vez em… Hollywood: ocupa o oitavo lugar e concorre em dez categorias
- Malévola: Dona do Mal: na décima posição, concorrendo a uma estatueta
Como destacado pela Kaspersky, o download de conteúdo ilegal foi a segunda causa mais comum entre ataques de malware em 2019. A empresa registrou 682 milhões de ataques, ou 21 tentativas de infecção por segundo no Brasil.
Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky, aponta que organizações criminosas “lucram muito com a pirataria e o cibercrime”.
“O melhor a se fazer é buscar alternativas acessíveis, mas legais”, diz ele. “Junte um grupo de amigos e estabeleçam um rodízio entre todos para assinar os serviços de streaming disponíveis, também é possível organizar noites de ‘maratonas’ para ver os filmes que não estão disponíveis online, alugando o conteúdo e dividindo o custo entre todos.”
No Brasil, a pirataria é considerada crime – segundo as leis 9.609 e 9.610/98 prevista no Código Penal brasileiro. A pena para o delito pode chegar até quatro anos de reclusão e multa.
Abrindo portas
Uma recomendação comum no mundo da cibersegurança é manter o software de proteção, se instalado, sempre ativo. Mas, uma prática também comum entre usuários é desligar as proteções para conseguir fazer os downloads.
Segundo pesquisa da Kaspersky com a consultoria Corpa, 41% dos brasileiros já fizeram isso em algum momento. Assolini faz uma analogia com a própria comida que comemos, já que o aviso de contaminação é dado por softwares de proteção.
“Imagine se seu prato predileto tivesse um recado do tipo ‘alimento contaminado’, você o comeria? A situação é a mesma, mas como o impacto de um cibercrime é virtual, a maioria das pessoas o menosprezam e isso mantém as organizações ilegais”, afirma o analista.
A Kaspersky informa que é preciso ter cuidado com o que é baixado da internet. Uma dica valiosa é nunca baixar arquivos suspeitos ou de fontes que você não confia e/ou conhece.
Além disso, um software de segurança também pode ser de grande ajuda. Por fim, aqui vai uma dica que sempre pode ser reforçada: mantenha seus softwares atualizados. Isso inclui o sistema operacional (SO) e aplicativos.
Com informações de: Kaspersky, Torrent Freak.