OpenAI alega que Musk tentou obter controle absoluto da empresa

Após processo aberto por Musk, a OpenAI rebate acusações, revelando detalhes sobre a disputa de controle e missão da empresa

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4:45 pm - 06 de março de 2024

Em uma reviravolta, a OpenAI emitiu uma resposta referente ao processo movido por Elon Musk na semana passada. A empresa de IA revelou detalhes sobre as negociações anteriores entre Musk e a OpenAI, alegando que o empresário queria obter controle sobre a empresa, sugerindo a possibilidade de fundi-la com a Tesla.

As alegações iniciais de Musk sugeriram que houve uma mudança radical na missão da empresa, acusando-a de priorizar o lucro sobre seu compromisso inicial com o avanço da inteligência artificial em prol da humanidade. No entanto, a OpenAI conta outra história. Em um comunicado divulgado em seu blog na terça-feira, a empresa anunciou sua intenção de refutar todas as alegações de Musk e apresentou sua própria versão dos eventos.

Leia mais: Elon Musk processa OpenAI por não cumprir acordo inicial de uma IA de código aberta

Durante as discussões sobre uma possível mudança para uma estrutura com fins lucrativos visando promover sua missão, Musk expressou interesse em uma fusão com a Tesla ou em obter “controle total” da OpenAI, o que incluiria “participação majoritária, controle inicial do conselho e ser CEO”, disse a OpenAI. Os cofundadores da empresa afirmaram que não concordaram com esses termos, pois acreditavam que permitir o controle absoluto de qualquer indivíduo sobre a OpenAI entraria em conflito com sua missão inicial.

No processo, Musk afirma que a OpenAI foi “transformada em uma subsidiária de fato de código fechado da maior empresa de tecnologia do mundo: a Microsoft”. Ele sugere que, sob o novo conselho, a empresa não apenas está desenvolvendo, mas refinando uma Inteligência Artificial Geral (AGI) para maximizar os lucros da Microsoft, em vez de beneficiar a humanidade. Para Musk, isso contraria a missão da OpenAI.

Por sua vez, a OpenAI justifica sua opção de não disponibilizar seu trabalho como código aberto, citando uma comunicação anterior com Musk, que teria compreendido que “a missão não implicava em abrir o código da AGI”.

A empresa também divulgou um e-mail de janeiro de 2016, no qual Ilya Sutskever, cofundador da OpenAI, menciona que, à medida que se aproximam da construção da IA, faz sentido ser menos aberto, afirmando que “é totalmente OK não compartilhar a ciência”. Musk respondeu que “sim”.

Por ora, a OpenAI não abordou diretamente a questão de se um “acordo fundador” existia, apesar de Musk mencionar isso em sua reclamação. Além disso, a empresa não respondeu diretamente às alegações feitas pelo empresário sobre o algoritmo GPT-4 ser uma propriedade da Microsoft e representar AGI.

*Com informações do The Verge

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Redação

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