Obsolescência humana: estamos prontos para um futuro pautado por inteligência artificial?

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11:15 am - 30 de junho de 2016
Obsolescência humana: estamos prontos para um futuro pautado por inteligência artificial?

“Aproveite sua estadia”, diz um robô na recepção do Robot Hotel, no Japão. O hóspede, então, agradece e segue seu caminho até o quarto. Se nossas telas digitais estão afastando pessoas da interação humana, não é difícil acreditar que inteligência artificial (AI, na sigla em inglês) vai eliminar a linha tênue das interações sociais.

Por outro lado, AI também poderia ajudar a aproximar pessoas de entes queridos que moram longe. Assim como as redes sociais ajudaram a manter contato com amigos que há tempos não se encontram. Mas o que isso significa para os empregos?

Ryan Brady, estrategista digital e gerente de mídia social do Digital Response Marketing Group, observa em publicação no site The Next Web, que seres humanos são temperamentais, imprevisíveis e precisam comer e dormir. “Robôs não. Além da atualização do patch de software ou hardware ocasional, máquinas e programas podem muito bem trabalhar em capacidade máxima”, assinala.

Exatamente por essas capacidades que 57% dos trabalhadores estão, hoje, em risco de serem substituídos por máquinas, de acordo com estudo recente realizado pela Oxford Martin School e o Citi. Outro levantamento observa que cerca de metade de todos os empregos norte-americanos será automatizado nos próximos 20 anos.

“Não é surpresa que serviços ao cliente e posições industriais estão entre os que têm maiores riscos. Se a internet foi a primeira onda de disrupção de serviço ao cliente, AI e robótica serão a segunda onda (e provavelmente final)”, acredita. Segundo ele, assim como a internet tornou o papel do agente de viagens quase obsoleto, assim será com AI no sentido de eliminar postos de trabalho para operadores de telemarketing, recepcionistas e até mesmo vendedores de varejo.

Brady cita Jurica Dujmovi?, empreendedor, apontando que ele contrabalança esse argumento, sugerindo que inteligência artificial não está substituindo postos de trabalho, mas simplesmente promovendo uma mudança. O exemplo que ele aponta é quando ferreiros perderam seus empregos em função da proliferação do automóvel em 1908. Nesse caso, uma nova oportunidade se abriu para mecânicos. Afinal, todo desafio desencadeia uma oportunidade.

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