Nuvem faz parte do cotidiano das empresas, mas desafios não param por aí

A nuvem otimizada é o próximo passo, segundo especialista do tema

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9:35 am - 22 de setembro de 2020
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Até pouco tempo, as pessoas questionavam o que era digital e o que era tradicional. Assim também foi com a origem da notícia: se era proveniente de um veículo tradicionalmente conhecido ou se surgia de um famoso canal digital de nicho.

Independentemente da origem ou do meio, o impacto ocorria de qualquer forma. E você já percebeu que tudo isso ficou irrelevante nos dias de hoje? Nessa mesma linha, ninguém mais questiona o que está rodando num servidor físico dentro de uma empresa ou o que está transacionando na nuvem. Mas o ponto é que aqui muita coisa faz a diferença.

Em um movimento silencioso e veloz, neste ano, o mundo deve ser invadido por 25 bilhões de dispositivos conectados a algum tipo de sistema inteligente. Os dados são do Gartner. Para nós que não enxergamos com exatidão o impacto disso em nossas vidas, dada a vasta gama de aplicações, certamente não teremos como notar. No entanto, basta alguns desses sensores pararem que toda a sorte de um dia pode mudar.

Agora, em tempos de pandemia, do momento em que acordamos até a hora que nos deitamos para dormir, percebemos melhor como estes sensores nos acompanham, porém, tudo ficou no automático, certo? Presentes no smartwatch, no celular, nos computadores, em nossos carros, nos semáforos, elevadores, apps, em restaurantes, nas operações de cartão de crédito… A Internet das Coisas (IoT), não tem como contestar, melhorou o nosso dia.

O que antes se resumia em infraestrutura básica, assim como água, energia, estradas e ferrovias, incorporou a “nuvem”, como membro deste grupo de primeira necessidade.

Estar na nuvem será o padrão do mercado

Afirmar que a nuvem é o presente e o futuro é desnecessário, pois em termos de agilidade, padronização, performance e economia tudo está comprovado. As dúvidas sobre segurança e gestão também já foram sanadas. Estamos falando de um mercado de quase US$ 4 bilhões em 2020 na América Latina, segundo estudo recente divulgado pela consultoria IDC. É apontado por grande parte das empresas como um investimento certo a ser feito no curto, médio e longo prazos.

Porém as empresas se enquadram em estágios de maturidade diferente sobre este assunto. Algo simples de se entender. No primeiro grupo se encontram aqueles empresários que ainda estão estudando como migrar parte ou todo o seu negócio para a nuvem. No segundo grupo é possível verificar os negócios que estão em fase de migração. Depois vem aqueles que se enquadram na fase de manutenção dos recursos migrados e no estágio mais maduro, as empresas que buscam a otimização de seus investimentos, mas todos com um objetivo fixo de atingir uma vantagem competitiva no mercado.

Otimização da nuvem

Na visão do Gartner, até 2024, quase todas as aplicações herdadas migradas para a infraestrutura de nuvem pública como serviço (IaaS) exigirão otimização para se tornarem mais econômicas. A agenda de interesse de empresas neste estágio geralmente inclui tecnologias como Inteligência Artificial, Machine Learning, Computação Cognitiva, Microsserviços e Internet das Coisas (IoT), que vêm sendo aplicadas para solucionar problemas de negócios e entender melhor as informações que estão sendo geradas, oferecendo mais resultados e otimizando processos. Em comum, pela relevância do tema, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entra na pauta de todos os negócios, independente do seu estágio de maturidade.

Na visão do BNDES e Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, a perspectiva de movimentação de IoT até 2025 será de US$ 6,2 trilhões. Grande parte disso ligada a dispositivos de saúde (US$ 2,5 trilhões) e indústria de manufatura (US$ 2,3 trilhões).

Dada as proporções gigantescas, este mercado deve receber, segundo o IDC, investimentos globais de até US$ 7 trilhões, ao final de 2022. Como basicamente estamos nos referindo à captação de dados e transformação em informação de grande utilidade, as aplicações de Inteligência Artificial (IA) ficarão com a fatia de US$ 3 trilhões, ou seja, quase 50%.

A nuvem otimizada é o próximo passo

Um projeto bem-sucedido envolve vários aspectos críticos, como uma boa avaliação dos recursos tecnológicos atuais e futuros de um negócio, a análise de licenças de software e requisitos de hardware, riscos e otimizações bem calculadas durante a migração para a nuvem, monitoramento e gestão dos serviços contratados e otimização dos recursos.

Mas ainda é importante entender como otimização dos recursos o fato de que os projetos de reorganização de uma empresa não desenvolvem competências nativas em nuvem. A realidade das práticas de negócios é que não são todas as aplicações migradas e depois de implementadas na produção que são adotadas nos negócios. A maioria das estratégias está mais focada em compras, funcionalidade e mitigação de riscos do que em portabilidade. Os CIOs que pretendem adotar uma estratégia dessas deveriam determinar os problemas específicos que desejam resolver, como reduzir a dependência de fornecedores ou mitigar os riscos de interrupção de serviços.

Próxima geração de fornecedores de nuvem

A próxima geração de fornecedores de nuvem estará apta a suprir exatamente esta lacuna que endereçam soluções. Isso no sentido de ajudar as empresas a promoverem a migração com todos os ajustes necessários, envolvendo regras de negócios e desenvolvimento de sistemas, de ponta a ponta.

Sensores de captação instalados em diversos dispositivos, inteligência de dados, aplicativos e nuvem se tornaram críticos em nossas vidas. Mas somente sentiremos falta quando um deles falhar ou faltar. A conectividade, a transformação digital, a inovação e, consequentemente, a melhoria de qualidade de vida passam pelos servidores da nuvem. Sem qualidade ou segurança neste item de infraestrutura, colocamos em risco partes vitais do nosso presente e futuro.

*Eronides Junior é diretor de Transformação e Inovação da SoftwareONE Brasil

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