Na América Latina, 70% das empresas estão investindo em automação

Estudo da everis mostra que executivos investem principalmente em eficiência operacional (70%), e 55% querem reduzir falhas

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8:54 pm - 23 de setembro de 2021
automação Imagem: Shutterstock

Sete a cada 10 (70%) empresas da América Latina estão investindo em automação de processos, e uma porcentagem ainda maior (80%) consideram a tendência alavanca fundamental para o futuro dos negócios. É o que revela um estudo sobre o tema feito com 84 líderes da transformação digital de companhias latino-americanas, incluindo Brasil, México, Colômbia, Peru, Argentina e Chile.

O estudo foi feito pela everis e a MIT Technology Review, e analisa a aceleração da transformação digital nas companhias durante a pandemia de COVID-19.

A eficiência é a prioridade nas empresas, mostra o estudo. Quase 70% dos executivos entrevistados responderam que a estratégia de automação tem como objetivo principal melhorar operações e reduzir custos. Para 55%, o objetivo é reduzir riscos causados por falhas humanas.

Com relação a uma pesquisa feita anteriormente e com o mesmo tema, houve aumento de mais de 300% no uso da automação com fins de melhorar a experiência do cliente: de 9% para 47%.

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Cerca de 40% dos entrevistados afirmaram priorizaram investimentos em projetos-chave no ano passado, por causa da pandemia; 36,9% disseram que alavancaram processos de transformação operacional para responder aos desafios do período; e 2,38% que tiveram que reduzir o investimento em projetos de transformação operacional.

“Em um contexto em que a pandemia forçou as empresas a atender os clientes em plataformas digitais, a saída óbvia para os gestores foi aumentar os investimentos em tecnologias que melhorassem a experiência deles”, explica em comunicado Bruno Leal Magalhães, head de digital operations da everis no Brasil.

Em termos de tecnologias, os líderes ouvidos pelo estudo da everis consideram indispensável a implantação, no curto prazo (1 a 2 anos), de tecnologias como automação robótica de processos, ou RPA (citado por 53% dos entrevistados), Big Data (50%) e chatbots inteligentes (48%). No médio e no longo prazo (mais de 2 anos), elas apostam em machine learning (41,67%), voice, image e vídeo analytics (36,90%) e realidade virtual/aumentada (34,52%).

Casos de fracasso

O estudo também descobriu dados sobre fracassos na automação dos processos. Mais de 50% dos entrevistados relataram que já experimentaram alguma automatização não totalmente eficaz. Segundo o levantamento, as principais causas são: tempo de implementação maior que o esperado, não recuperar o valor esperado, e a complexidade para integração dos processos à rotina.

65% dos líderes relataram problemas quanto ao conhecimento, nível de digitalização ou padronização do processo escolhido. E 54% mencionaram a dificuldade de esclarecer o objetivo da iniciativa de automatização.

“Esse levantamento dos fracassos mostra que os gestores precisam saber exatamente as necessidades de automatização e como fazê-lo. Além disso, o ROI não deve ser a única motivação para as empresas que buscam melhorias de seus processos através da tecnologia”, diz Magalhães. “Há outros fatores relevantes, como melhoria de desempenho e confiança da equipe, experiência do cliente, etc.”

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