Menos da metade das empresas tem alto desempenho com programas de governança de dados

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9:56 am - 20 de maio de 2016
Menos da metade das empresas tem alto desempenho com programas de governança de dados
Menos da metade (40%) das empresas no mundo possuem programas de governança da informação bem-sucedidos, apesar de 94% delas possuírem uma estratégia formal e ativa, ou em planejamento, nesse sentido. Isso é o que aponta um levantamento recente realizado pela Veritas, em parceria com a empresa de pesquisas Ipsos.
Para a pesquisa, foram entrevistados profissionais de TI, segurança e direito de 481 organizações, a fim de definir quais ferramentas e táticas estão atualmente em uso e como essas práticas proporcionam, com sucesso, retornos em governança da informação. 
Este último estudo da Veritas segue o Global Databerg Report (Relatório Global Databerg) e o Data Genomics Index (Índice Genômico de Dados), que revelaram a deterioração da situação que as organizações enfrentam, em relação à explosão das informações. As conclusões destas pesquisas destacam que 85% de todas as informações armazenadas e processadas pelas organizações são considerados dados “escuros”, ou ROT (Redundantes, Obsoletos, Triviais) e que 41% de todos os dados armazenados estão estagnados (ou seja, não foram tocados há três anos).
De acordo com o diretor de marketing da Veritas, Ben Gibson, as organizações ainda possuem uma mentalidade de “guarda-tudo” com relação a dados. Com isso, dados de baixo valor se acumularam em terabytes – quando não petabytes – de armazenamento. 
“As empresas, então, descobriram que é cada vez mais difícil encontrar informações quando precisam e efetivamente proteger suas informações sensíveis”, observou. “Por estes motivos, e diante de um ambiente regulatório que muda rapidamente e incrivelmente complexo, gerenciar o risco é principal razão pela qual organizações investem em programas de governança da informação“.
 
As ferramentas e táticas mais adotadas têm uma herança de “guarda-tudo”
O estudo aponta que, uma vez que as organizações decidem investir em governança da informação, elas têm uma ampla variedade de diferentes abordagens ao seu dispor. Das dezoito ferramentas pesquisas (variando de arquivamento a eDiscovery, análise de arquivos e mais) e catorze táticas (incluindo criação de políticas, devolução [chargeback] e treinamento), todas receberam uma taxa de adoção superior a 60%.
 
De todas estas ferramentas e táticas, várias demonstraram consistentemente altos níveis de adoção por todas as organizações. Em termos de ferramenta, 87% dos participantes pesquisados adotaram o arquivamento de documentos e 86% adotaram o arquivamento de emails – tecnologias originalmente desenvolvidas para ajudar as organizações a otimizar o armazenamento de volumes crescentes de dados. Do ponto de vista das táticas, 88% das organizações criam políticas formais para uso de dados e 84% delas treinam seus funcionários sobre práticas de governança da informação – porém, ambas as táticas exigem conformidade e esforços do usuário final, ao invés de automação, tornando a aderência mais desafiadora em um mundo onde os dados crescem 39% a cada ano.
 
Considerando a ampla adoção de ferramentas e táticas de governança da informação, a população da pesquisa foi dividida em dois segmentos, com base na eficácia geral do programa de Governança da Informação de cada organização, que foi ainda mais avaliado. De forma interessante, a análise revelou diferenças consideráveis entre as ferramentas e as táticas adotadas por empresas de baixo desempenho (~60% da população) e as de alto desempenho (~40% da população).
 
Empresas de alto desempenhos sabem o valor de seus dados
As empresas de alto desempenho demonstram um foco preciso na compreensão dos tipos de dados que armazenam e na importância relativa destes dados. O estudo mostra que 72% das organizações de alto desempenho conduzem avaliações por tipo de arquivo, para evitar o acúmulo de arquivos que não sejam de missão crítica, enquanto apenas 29% das organizações de baixo desempenho usam esta técnica. Igualmente, 66% das organizações de alto desempenho medem o percentual de seus dados classificados como ROT (Redundante, Obsoleto e Trivial), enquanto apenas 23% das organizações de baixo desempenho medem isso. Além disse, 62% das empresas de alto desempenho atribuem pontuação de risco aos dados que armazenam, mas apenas 29% das empresas de baixo desempenho seguem esta prática.
 
Organizações de alto desempenho controlam melhor o crescimento dos dados
Considerando os tipos de ferramentas e táticas que são mais adotadas pelas organizações de alto desempenho, não é nenhuma surpresa que estas organizações foram 39% melhores em excluir dados sem valor e 38% melhores em determinar o valor de um dado do que as organizações de baixo desempenho. No geral, as organizações de alto desempenho são 36% melhores no controle do crescimento de dados do que as empresas de baixo desempenho.
 
Organizações de alto e de baixo desempenho identificaram a mitigação de riscos como a prioridade para investir em um programa de Governança da Informação. Isso dito, organizações de alto desempenho são 22% melhores em mitigar riscos do que as de baixo desempenho, e são significativamente melhores em proteger suas organizações de potenciais perdas financeiras e de produtividade diretamente atribuíveis ao crescimento das informações.
 
Por fim, parece que quanto maior for a visibilidade que as organizações têm sobre o valor de seus dados, mais proativas podem ser quando se trata de remediação, e mais eficazes se tornam em conter o risco que é introduzido pela explosão das informações.
 
“A governança das informações é uma prioridade em rápido crescimento para a maioria das organizações no mundo”, comentou Sean Pike, diretor do programa Next-Generation Data Security e eDiscovery e Information Governance do IDC. “A explosão das informações criou um ambiente de risco insustentável. A Veritas está ajudando as organizações de todo o mundo a definir as melhores práticas para reduzir a presença de seus dados. Ao desenvolver um método de avaliação de dados, estabelecer e aplicar políticas de dados e ao garantir que toda a organização se alinhe para reduzir os riscos das informações, qualquer organização pode replicar as táticas que tornaram as organizações de alto desempenho, neste novo estudo da Veritas, tão eficazes”.

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