INSS testa uso de IA para identificar fraudes em benefícios previdenciários

Inteligência Artificial da Dataprev vai fazer uma varredura nos atestados médicos enviados pela internet

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2:49 pm - 19 de janeiro de 2024
Inteligência Artificial e o impacto econômico na américa latina, hype da IA Imagem: Shutterstock

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iniciou, na última segunda-feira (15), os testes de uma nova ferramenta de inteligência artificial desenvolvida pela Dataprev. Através da plataforma Atestmed, a tecnologia visa realizar uma varredura nos atestados médicos enviados pela internet para solicitação de benefícios por incapacidade temporária, anteriormente conhecidos como auxílio-doença. 

O principal propósito da tecnologia é identificar padrões e coibir potenciais casos de fraude ou golpes, substituindo o tradicional atendimento médico-pericial por uma análise documental. Os segurados do INSS podem efetuar o requerimento do benefício de até 180 dias por meio do aplicativo ou site Meu INSS, anexando o documento diretamente na plataforma. 

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Uma característica desse novo sistema é a agilidade na concessão do benefício, sem a necessidade de agendamento de perícia médica. Não há restrição territorial ou prazo mínimo de espera, permitindo que qualquer segurado, inclusive aqueles com perícia presencial já agendada, solicite o benefício por incapacidade temporária através da análise documental. 

É importante destacar que, caso a concessão do benefício não seja possível com base na análise documental, o cidadão será orientado a agendar uma perícia presencial. O sistema assegura que o benefício não será indeferido exclusivamente com base na análise documental, garantindo uma abordagem equilibrada entre a eficiência do processo e a preservação da avaliação médica presencial quando necessário. 

Agora, a análise feita pela inteligência artificial vai cruzar dados como nome, assinatura e CRM do médico no atestado, além de identificar o endereço de onde foi enviado o arquivo. 

Em 2023, mais de 1,6 milhão de pedidos chegaram ao INSS via Atestmed, mas quase metade (46%) não foi aceita porque não estava de acordo com as regras do instituto. 

*Com informações do G1 

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Redação

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