Guerra na Ucrânia pode desencadear ‘tsunami’ de novos ataques cibernéticos

Relatório da Check Point Research alerta para ataques cibernéticos ainda mais integrados e sofisticados. Empresas devem se prevenir

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4:52 pm - 09 de setembro de 2022
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Os ciberataques ao governo e ao setor militar da Ucrânia aumentaram 112% entre fevereiro e agosto deste ano, apontou novo relatório da Check Point Research (CPR). Em contrapartida, segundo o estudo, o mesmo setor da Rússia teve diminuição de 8%.

A média de ciberataques semanais às redes corporativas na Ucrânia é superior a média global. No país que sofre com os efeitos da guerra são mais de 1.500 ciberataques semanais em média, enquanto a média global é 1.124 ciberataques semanais.

Segundo análise de Sergey Shykevich, gerente do grupo de inteligência de ameaças da Check Point Software, a tendência é que grupos de APT, hacktivistas e indivíduos direcionem seus novos conhecimentos e ferramentas para ciberataques para novos alvos, desencadeando um “tsunami” de ataques cibernéticos em todo o mundo.

“Já começamos a ver os primeiros sinais de alerta disso com ataques aos parceiros da OTAN, bem como aos países que vieram em auxílio da Ucrânia, aumentando em frequência e intensidade. Este conflito viu a atividade cibernética mudar a face da guerra para sempre. Então, o que este conflito nos ensina sobre guerra cibernética e como as organizações podem se preparar para essa nova ordem mundial?”, questiona Shykevich.

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A CPR também informou que o setor mais atacado na Rússia e na Ucrânia durante o conflito foi o financeiro. “Como a Rússia, o setor financeiro da Ucrânia sofreu grandes ataques, provavelmente, como resultado das várias ajudas financeiras individuais e governamentais recebidas, bem como de cibercriminosos que buscavam lucrar com doações conhecidas enviadas à Ucrânia para os esforços de guerra e refugiados”, sugere a CPR.

O relatório alerta que as descobertas devem conscientizar também o setor corporativo. “As empresas também devem se preparar para o que se seguirá após esta guerra. Os cibercriminosos precisam de um fluxo de renda constante para recrutar novos membros e investir em tecnologia, e eles voltarão sua atenção para as empresas a fim de aumentar seus cofres quando o apoio do estado acabar”, lembra a CPR.

Na análise dos pesquisadores da Check Point Research, embora já estivéssemos em uma era de ataques cibernéticos sofisticados de quinta geração, os atacantes aumentaram seu jogo durante a guerra. “Sabemos que ataques cibernéticos ainda mais integrados e sofisticados estão chegando. As organizações precisam se preparar agora. Mitigação de ataques não será suficiente, as empresas devem adotar uma estratégia de segurança cibernética de prevenção”, recomendam.

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