Fábio Costa, da VMware, se mostra animado com vendas e agenda digital no Brasil

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10:55 am - 01 de setembro de 2016

A VMware Brasil está animada com as perspectivas de vendas para 2016. Em conversa com o IT Forum 365, em Las Vegas, o presidente da subsidiária brasileira, Fábio Costa, frisou que, mesmo diante da crise econômica que prejudicou diversos setores no País, a companhia cresceu forte, principalmente, entre as grandes empresas que buscavam mais eficiência as suas infraestruturas e redução de custo. “A VMware provavelmente foi das poucas que passou pela crise de forma positiva, clientes continuaram comprando, porque não aumentamos o budget, mas redistribuímos e isso fez toda a diferença, fizeram mais e com mais controle”, afirmou.

Após essa onda, que serviu também para tornar os ambientes mais eficientes e sofisticados, ele entende que abriu-se espaço para uma agenda que estava represada: a da transformação digital. “Os anos de 2014/15 foram difíceis. Os projetos estavam na pauta, mas houve travamento. A VMware cresceu em função da capacidade de soluções que reduzem custo. Mas este ano já vemos a explosão da questão digital nos clientes com Airwatch e muitas vendas em soluções baseadas em NSX”, comentou. 

Costa lembrou que os grandes bancos, por exemplo, trabalham para lançar suas versões digitais e muitos baseados em arquitetura VMware, no varejo, ele assiste ao mesmo movimento. Para o executivo, o tema digital começa a amadurecer no País e a se tornar realidade, deixando o âmbito do debate. As grandes corporações acabam por sair à frente nesse contexto pela maturidade de seus ambientes de tecnologia e por terem pavimentado suas infraestruturas com soluções sofisticadas, adotando o modelo de nuvem privada internamente, o que facilita a ligação com o mundo exterior. Ao mesmo tempo, ele vê também excelentes perspectivas para PME, que podem dar um salto sem passar pela maturação que as grandes passaram, citando como exemplo algumas fintechs.

Falando especificamente de nuvem, que é um dos habilitadores dessa transformação, a VMware reforçou seu discurso em prol dos ambientes híbridos que, por meio do Cloud Foundation, trabalhará a arquitetura Cross Cloud, permitindo não apenas uma orquestração entre a infraestrutura pública e privada, mas o gerenciamento de múltiplas nuvens. A primeira parceria global anunciada foi com a IBM Softslayer, mas o gerenciador de nuvens públicas já está pronto para Microsoft Azure, AWS e Google. E para Costa, o anúncio influenciará as vendas da companhia no Brasil, principalmente pela sofisticação dos ambientes locais que, na visão do executivo, estão no mesmo nível que os dos Estados Unidos.

“O modelo híbrido atende as duas pontas desse conjunto de empresas (grandes e PME). A grande, que está madura e tem cloud desenvolvida, tem como próximo passo ir para o modelo híbrida, para ter elasticidade. Quando vai para pequena, temos outro cenário, muitas vezes não tem a sofisticação no consumo que tem uma grande corporação, mas tem demanda de velocidade para poder entrar no mesmo nível de capacidade e processamento de grandes empresas”, resumiu. 

Olhando para o futuro – e ele passa pela integração com a Dell, cujo processo de aquisição deve ser concluído na primeira quinzena de setembro -, Costa acredita que o fato de VMware e Dell já atuarem como parceiras no mercado deve facilitar bastante. As equipes de ambas empresas já mantinham relacionamento no Brasil, o que auxiliará quando tudo estiver integrado. “O que muda é a questão de canais. A VMware tinha sua própria rede e agora conseguiremos fazer campanhas juntando as forças de vendas em um ecossistema muito maior. Nossos canais vão trabalhar em conjunto e um bom porcentual deles já atendem as duas empresas. A diferença é que antes iam com propostas separadas e não tinham vantagem competitiva.”

*O IT Forum 365 viajou a Las Vegas a convite da VMware

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