Empresas brasileiras listam benefícios de contar com estruturas hiperconvergentes

Hospital Sírio-Libanês, UNIFAP, CEGÁS, Grupo Bom Jesus e Sebrae Nacional revelam seus cases com a Nutanix

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12:15 pm - 22 de maio de 2024
Foto: Déborah Oliveira.

Durante o Next 24, realizado pela Nutanix, em Barcelona*, na Espanha, o IT Forum ouviu uma série de empresas brasileiras sobre os benefícios de contar com infraestruturas hiperconvergentes (HCI), uma abordagem de arquitetura de TI que combina armazenamento, computação e rede em um único sistema integrado.

Em vez de depender de componentes de hardware separados para cada uma dessas funções, a HCI utiliza uma abordagem definida por software para integrar todos esses recursos, permitindo uma gestão simplificada e uma maior eficiência operacional. Hospital Sírio-Libanês, UNIFAP, CEGÁS, Grupo Bom Jesus e Sebrae Nacional revelaram seus cases de sucesso com a Nutanix.

Hospital Sírio-Libanês

O Hospital Sírio-Libanês é reconhecido por sua excelência em atendimento e inovação tecnológica. Em busca de uma infraestrutura mais resiliente e eficiente, o hospital optou pela solução hiperconvergente da Nutanix. Thiago Carvalho Ferreira, coordenador de infraestrutura do hospital, compartilhou que antes da Nutanix, o Hospital Sírio-Libanês operava com uma infraestrutura tradicional.

A necessidade de uma entrega contínua, 24 horas por dia, 7 dias por semana, era imperativa. “Essa necessidade é exigida pela instituição e por nossos clientes”, explica ele.

A procura culminou na adoção da tecnologia Nutanix. A implementação começou em 2018 de forma gradual, inicialmente no Hospital Brasília, com uma migração progressiva da infraestrutura. Em 2022, o hospital ampliou o escopo do projeto com a adição de novos nodes para aumentar ainda mais a resiliência.

A implementação da Nutanix trouxe diversos benefícios para o hospital, conforme explica o executivo. A rápida capacidade de recuperação em casos de incidentes foi um dos destaques. “Um incidente padrão em uma infraestrutura tradicional é mais custoso, além disso, os backups mais recentes na plataforma são rápidos para subir. Em poucos cliques, voltamos”, destaca.

A solução também gerou uma significativa redução de espaço, componentes, energia e custos com ar-condicionado. “Comparando com uma infraestrutura clássica para hiperconvergente, tivemos uma redução de espaço e de componentes, energia e ar-condicionado. Tínhamos 3 racks com blade e agora temos Nutanix em um só”, detalha.

A disponibilidade e a qualidade dos serviços também foram aprimoradas, impactando positivamente tanto no trabalho dos médicos quanto para os pacientes. “Ferramentas que poderiam ter incidentes agora não têm mais. O tempo é vital nesse mercado,” afirma, completando que a parceria com a Add Value e a Nutanix foi essencial para o sucesso da implementação e continua a ser um pilar importante para o futuro.

Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)

Instituição de ensino superior pública federal, situada no estado do Amapá, a Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) atua em Macapá, com campi em Santana, Laranjal do Jari, Oiapoque e Mazagão, além de um campus em construção em Tartarugalzinho. Não faz muito tempo, a universidade operava com uma infraestrutura on-premise limitada e com soluções open source que demandavam muita mão de obra e tempo para automação.

Samir Silva, analista de TI da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), revelou que esse cenário ficava ainda mais complexo já que a região possui uma oferta limitada de profissionais qualificados em TI, tornando a gestão e a manutenção da infraestrutura um desafio constante. “Precisávamos modernizar nossa infraestrutura para suportar serviços críticos, como matrículas, e-mails e sistemas acadêmicos, e sermos mais eficientes”, lembra ele.

Após analisar as opções de mercado, a UNIFAP optou por adotar a solução hiperconvergente da Nutanix. A escolha foi guiada por alguns fatores, destacados por Silva. O primeiro deles inclui a automação e a eficiência, já que a adoção das soluções Nutanix permitiram a automação de processos que antes demandavam intervenção manual significativa. Equipes de desenvolvimento agora podem criar e gerenciar recursos de forma autônoma, liberando o time de infraestrutura para focar em outras atividades.

Como segundo ponto, o analista destacou a visibilidade e o planejamento de recursos, uma vez que a UNIFAP ganhou visibilidade sobre o uso de recursos, permitindo melhor planejamento e previsibilidade para aquisições futuras, crucial em um ambiente de serviço público que lida com processos de licitação.

Por fim, ele mencionou a resiliência e a redução de pontos de falha, já que a arquitetura hiperconvergente da Nutanix eliminou os pontos de falha presentes nas soluções anteriores de 3 tiers.

O planejamento da UNIFAP agora inclui expansões para suportar novos projetos de mestrado e doutorado, além de iniciativas de IA focadas em questões ambientais. “Com a nova infraestrutura, estamos bem-posicionados para expandir nossos projetos, especialmente aqueles relacionados à preservação digital e pesquisa em inteligência artificial, por exemplo, áreas vitais para a região amazônica”, conta.

“A parceria com a Nutanix continuará a ser um pilar central para suportar essas expansões, garantindo que a universidade mantenha uma infraestrutura robusta e moderna que possa sustentar nossa missão acadêmica e de pesquisa”, completa ele.

Grupo Bom Jesus

Eros Pacheco Neto, CIO do Grupo Bom Jesus, tem atualmente o desafio de aprimorar a experiência dos mais de 55 mil alunos da instituição com sede em Curitiba. Nesse contexto, a tecnologia tem sido protagonista. “A tecnologia tem que estar ao lado, não acima da estratégia. Nosso caminho é ouvir mais a área pedagógica, mais os gestores e desenvolver a tecnologia. Entregar uma TI mais sob medida.”

Em linha com essa constante missão, em 2013, o Grupo decidiu criar um data center próprio, focado em experiência melhor para os alunos. “Em seguida, optamos por investir em um segundo data center, que levou a uma análise criteriosa das tecnologias disponíveis no mercado”, lembra ele.

Pesquisando tecnologias, a Nutanix foi a escolhida por sua hiperconvergência, revela ele. A implementação resultou na criação de dois data centers em Curitiba, com 16 nós em produção e uma base de homologação que utilizou equipamentos próximos do fim de vida útil.

A estratégia do Grupo Bom Jesus se baseia em uma abordagem híbrida. “Nem tanto o céu, nem tanto a terra. Temos uma estratégia híbrida”, diz Neto. A escolha pela Nutanix foi motivada pela busca de redundância, resiliência e uma estrutura simplificada.

A infraestrutura híbrida do Grupo combina softwares no modelo SaaS com aplicações on-premise, sendo o sistema acadêmico e o ERP os principais componentes locais. A parceria com Nutanix, apoiada pela Populos, tem sido fundamental para o sucesso da implementação. “Estamos sempre próximos”, comenta Neto.

A busca constante por otimização e simplificação da infraestrutura é prioridade agora, especialmente em termos de cibersegurança, conta ele. “Nossa busca é por otimização por rotina de sistemas e infraestrutura e isso tudo atrelado à cibersegurança”, reforça Neto. A pandemia também acelerou a necessidade de integrar tecnologia na sala de aula para proporcionar uma melhor experiência de aprendizado. “O foco principal do negócio é trazer a tecnologia para dentro da sala de aula.”

Além disso, o Grupo Bom Jesus está explorando novas fronteiras com a Inteligência Artificial (IA). “Estamos com algumas POCs para IA. Temos um aplicativo próprio, o BJ Connect, e estamos evoluindo o aplicativo para facilitar a interação com os pais. Olhamos também para disponibilizar IA na mão dos professores para que eles tenham aulas mais interativas”, compartilha Neto.

CEGÁS

A Companhia de Gás do Ceará (CEGÁS), constituída em 1993, é uma sociedade de economia mista, que atua na produção, aquisição, armazenamento, distribuição e comercialização de gás combustível, além da prestação de serviços correlatos. Sua missão inclui contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Ceará, integrando o gás combustível à matriz energética do estado.

Em 2020, a CEGÁS enfrentou um grande desafio com sua infraestrutura de TI obsoleta, que não era atualizada há mais de 15 anos. Dependendo de servidores on-premises de um único fabricante que não oferecia mais suporte, a empresa estava com a segurança em risco e com capacidade limitada de crescimento.

Utilizando VMware como virtualizador, a CEGÁS precisava atualizar tanto seu hardware, quanto software. Além disso, questões legais impediam a empresa de migrar para soluções em nuvem, já que, como uma empresa de economia mista, não podia disponibilizar dados para terceiros.

Diante dessa situação, a CEGÁS optou por uma solução hiperconvergente da Nutanix. A decisão foi influenciada por casos de sucesso, como o da JetBlue, que destacou a redução de custos operacionais e a necessidade de menos mão de obra especializada para manutenção.

“Logo no início tivemos um crescimento de 54% em capacidade, disponibilidade e memória da CEGÁS. A solução permitiu uma análise de dados mais rápida e precisa, essencial para a compra diária de gás, evitando multas pesadas, que podem chegar a R$ 5 milhões por dia. Em três anos de migração, não registramos mais falhas no banco de dados e tivemos uma melhoria significativa em comparação com a situação anterior”, conta Ramiro Rodrigues, gerente de TI da CEGÁS, que conta hoje com mais de 1 mil clientes no mercado B2B.

Outra melhoria destacada por Rodrigues foi a criação de máquinas virtuais com rapidez, melhorando a robustez das ferramentas de dados disponibilizadas aos usuários. A eficiência operacional resultou em uma economia de milhões apenas na compra de gás.

A CEGÁS planeja agora novas aquisições tecnológicas para fortalecer a segurança e modernizar suas operações. Um dos avanços inclui a utilização de inteligência artificial para predição de capacidade e balanceamento de carga. Além disso, a empresa está testando a solução “GPT in a Box” da Nutanix para disponibilizar o GPT Docs, visando agilizar a busca de informações para aprimorar as tomadas de decisão.

Sebrae Nacional

O Sebrae Nacional enfrentava uma situação crítica com seu servidor antigo, que suportava toda a estrutura de sistemas da organização. Diego Almeida, gerente de TI do Sebrae Nacional, explica: “Tínhamos várias tecnologias embarcadas e tivemos uma aquisição híbrida devido ao processo licitatório”. Em 2022, no entanto, o Sebrae sofreu um grave ataque de ransomware, expondo vulnerabilidades significativas na infraestrutura. “A única plataforma que suportou o ataque foi a Nutanix, enquanto os outros sistemas sofreram danos graves”, comenta Almeida.

O ataque de ransomware ensinou lições valiosas sobre a necessidade de governança específica para acessos remotos, lembra o executivo. “Estados pequenos precisam de apoio do Sebrae Nacional, mas é crucial ter cuidado nos acessos e melhorias”, ressalta. Hoje, uma abordam integrada entre todas as unidades do Sebrae garante que os estados tenham capacidade de disaster recovery, evitando isolamentos.

Pouco depois do incidente e diante da necessidade de modernizar e expandir a infraestrutura, o Sebrae optou pela Nutanix por meio de um processo licitatório para soluções on-premise. “Estamos solidificando nossa infraestrutura com mais resiliência e disponibilidade”, diz. A integração com outras unidades do Sebrae e a expansão para tecnologias avançadas, como data analytics e inteligência artificial (IA), são passos importantes desse projeto e visam elevar o Sebrae para outro patamar no uso de dados.

Como parte do projeto, o Sebrae desenvolveu o Learning Intelligence Sebrae (LIS), projeto que utiliza multiprocessamento e GPUs para implementação em seu data center. “Estamos aplicando essa arquitetura de IA para atendimento ao cliente, predição e previsão de mercado, entregando novas oportunidades para pequenos empresários”, destaca Almeida. O objetivo é usar IA para oferecer insights valiosos, ajudando pequenos negócios a aumentar seu faturamento e explorar novos nichos de mercado.

Trabalhando atualmente com uma arquitetura multicloud, o Sebrae enfrenta o desafio de integrar sistemas de todas as suas unidades. Sua nuvem pública interage com a solução da Nutanix para a cloud privada e a ideia é integrar e regionalizar, garantindo governança sobre o que fica dentro e fora da nuvem”, explica Almeida. A flexibilidade de não ter lock-in com Nutanix permite ao Sebrae escolher livremente suas soluções de nuvem.

De acordo com o executivo, a modernização com Nutanix trouxe resiliência, flexibilidade e capacidade de inovação ao Sebrae Nacional. “Não queremos ser apenas executores de pedidos, mas consultores que ajudam a desenhar e entregar projetos de valor”, conclui Almeida.

*A jornalista viajou a convite da Nutanix

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Déborah Oliveira

Editora-chefe e diretora de Conteúdo do IT Forum, Déborah Oliveira é jornalista com mais de 17 anos de experiência na área de TI. Tem passagens pelas redações da Computerworld, CIO e IDG Now!. Bacharel em Jornalismo, com graduação executiva em Marketing, e MBA em Marketing. Em 2018, foi vencedora do prêmio de melhor Jornalista de TI no Brasil, do Cecom. Em 2019 e 2020, foi destaque do mesmo prêmio na categoria Telecom. É uma das autoras do livro “Da Informática à Tecnologia da Informação – Jornalistas Contam Suas Histórias”, pela editora Reality Books, lançado em 2020.

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