Estudo: uso de eletricidade relacionado à TI dobrará a cada cinco anos
Relatório da Schneider indica que o aumento das emissões de carbono pela economia digital pode ser barrado com data centers mais sustentáveis
“É ilusório presumir que a atividade digital resultará inevitavelmente em um aumento profundamente problemático nas emissões de CO2”, afirma Pankaj Sharma, vice-presidente executivo da área de secure power da Schneider Electric. Com esta fala, o executivo analisa o último relatório da empresa, que desafia previsões de um cenário negativo quanto às emissões de carbono que serão geradas pelo aumento do uso de eletricidade relacionado à TI, previsto para dobrar a cada cinco anos.
“Dito isso, como indústria, devemos permanecer vigilantes para encontrar novas fontes de ganhos de sustentabilidade, ao mesmo tempo que garantimos resiliência à medida que o digital mantém a vida avançando”, vislumbra o executivo.
Assim, a descarbonização do setor elétrico é um imperativo para tornar a economia digital mais sustentável. De acordo com a pesquisa “Economia digital e impacto climático” conduzida pela Schneider Electric, lançada na última semana, a demanda de eletricidade pelo setor de TI deve aumentar em quase 50% até 2030. No entanto, o levantamento indica que se o sistema elétrico se descarbonizar, as emissões podem não ultrapassar 26% até a data prevista.
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O estudo levanta a discussão sobre como os aplicativos inteligentes e digitalizados serão alimentados no futuro. Para frear o aumento das emissões, as áreas de TI e energias precisam se tornar mais eficientes nos níveis de componente e sistema, alerta o Instituto de Pesquisa de Sustentabilidade da Schneider Electric.
As demandas crescentes de consumo digital, que são exploradas na pesquisa, criam um ambiente híbrido cada mais complexo, que inclui data centers corporativos, em nuvem e na edge. Este último, contudo, merece um olhar atento da indústria, uma vez que os sistemas baseados em computação de borda são menos eficientes do que os data centers em hiperescala do ponto de vista de eficácia do uso de energia (power usage effectiveness – PUE).
Atualização tecnológica
Além do novo estudo, a Schneider Electric apresentou atualizações de suas soluções durante seu evento virtual. As novidades buscam auxiliar o setor a avançar no cumprimento das metas de sustentabilidade e, ao mesmo tempo, aumentar a resiliência da infraestrutura de TI e data center.
Entre elas, está a atualização do software de gerenciamento de infraestrutura de data center de TI EcoStruxure. As novas versões do software incluem recursos de gerenciamento remoto e sistemas de monitoramento ambiental aprimorado apoiado por câmeras de segurança em toda a infraestrutura crítica. O planejamento e a capacidade também poderão ser monitorados remotamente, permitindo que os usuários comparem à distância os racks e identifiquem a capacidade disponível e visualizem quais ativos são implantados e suas dependências.
A companhia também apresentou o Galaxy VL, um UPS trifásico modular e agrupável na faixa de 200-500 kW com níveis de eficiência de até 99%, que agora possui modelos de bateria de íon de lítio Galaxy redesenhados. Trata-se de uma solução de armazenamento de energia inovadora, sustentável e de alta densidade para data centers, processos industriais e infraestrutura crítica.
Os lançamentos também englobam uma solução de bateria compatível com UL9540A, a Green Premium, que reduz a pegada e o peso da bateria em até 70%, possibilitando o uso mais eficaz do espaço. Os modelos permitem recarga duas a três vezes mais veloz do que as soluções VRLA, bem como instalação mais rápida e disponibilidade aprimorada do sistema com fontes de alimentação internas autônomas patenteadas.
Ainda, a Schneider Electric também apresentou o novo UPS APC Smart-UPS Ultra 3kW monofásico. Projetado para fornecer mais potência, flexibilidade e monitoramento inteligente em espaço menor, o APC Smart-UPS Ultra permite que profissionais de TI e provedores de soluções enfrentem muitos dos desafios da implantação de infraestrutura de TI em ambientes distribuídos e na borda.
“Adotamos a mentalidade de que a inovação futura proporcionará melhor eficiência em todo o cenário de conectividade mais amplo”, concluiu Sharma. Segundo ele, escolhas inteligentes ajudarão a indústria a mitigar a quantidade de eletricidade e emissões que resultam do crescente apetite por tecnologias digitais.
