Estudo sobre melhores cidades para empreendedoras destaca São Paulo

WE Cities, da Dell Technologies, inclui São Paulo entre as 50 cidades mais promissoras para o empreendedorismo feminino.

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1:24 pm - 15 de julho de 2019

São Paulo está entre as 50 cidades mais promissoras para o empreendedorismo feminino. A cidade aparece no índice Women Entrepreneur Cities (WE Cities), divulgado pela Dell Technologies nesta segunda-feira (15).

Produzido em parceria com o IHS Markit, o estudo é realizado a cada dois anos e tem base no impacto de políticas, programas e características locais. Esta é a única cidade brasileira no ranking, que foi apresentado no Dell Women Enterpreneur Network, em Singapura, Malásia.

Em comparação com o último estudo, divulgado em 2017, a capital paulista caiu três posições. Por outro lado, SP é destaque no aumento de investimentos locais para o empreendedorismo feminino. Agora, a cidade aparece em segundo lugar entre as dez cidades com melhorias no ambiente operacional para empreendedoras. O primeiro lugar fica com Washington, Estados Unidos.

A pesquisa sobre mulheres empreendedoras classifica as cidades a partir de cinco características: acesso a capital, tecnologia, talento, cultura e mercados. Os pilares são organizados nos grupos “ambiente operacional” e “condições favoráveis”. No geral, a classificação é baseada em 71 indicadores, onde 45 deles têm um componente baseado em gênero.

O ranking geral do WE Cities 2019 tem a Baía de São Francisco (EUA) em primeiro lugar, Nova Iorque (EUA) em segundo e Londres (Inglaterra) em terceiro. São Paulo (Brasil), como citado anteriormente, está em 45º lugar.

Karen Quintos, vice-presidente executiva e diretora de clientes da Dell, fala sobre o investimento ao público feminino. “Quando investimos em mulheres, investimos no futuro; as comunidades prosperam, as economias melhoram e a próxima geração lidera com propósito“, explica.

As barreiras avaliadas pelo índice destacam ainda a falta de financiamento, custo alto de vida e baixa representatividade de mulheres em cargos de liderança. Ainda, é citada a falta de políticas governamentais que apoiam mulheres empreendedoras.

Menos barreiras

A ideia de apresentar o panorama é remover “barreiras financeiras, culturais e políticas“, como cita Quintos. Já a diretora-adjunta de consultoria da IHS Markit, Karen Campbell, explica as diferenças do estudo:

O índice Dell WE Cities se diferencia de outros estudos, pois não somente classifica as 50 cidades de todo o mundo em relação a sua capacidade de promover mulheres empreendedoras, como também mostra como essas cidades melhoraram em comparação com seus resultados em 2017.

Como revela o Global Entrepreneurship Monitor 2015, o público feminino tem crescido nos novos negócios. Os “Empreendedores Novos”, que têm um negócio com menos de 3,5 anos, é de 15,4% contra 12,6% de homens.

Além disso, o Índice WE Cities, de 2017 a 2019, revela conquistas e desafios das cidades, mas também como podem aprender melhores práticas umas com as outras. A Dell também desenvolveu um conjunto de recomendações de políticas com foco em três áreas:

  • Acesso a capital financeiro e humano e desenvolvimento desse capital;
  • Papel dos setores público e privado no aumento do acesso a redes e mercados locais e globais;
  • Como líderes de negócios e do governo podem ajudar as mulheres empreendedoras a crescer no panorama dinâmico da tecnologia.

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