Empresas podem ser condenadas em caso de engenharia social contra clientes
Pesquisa revela que os golpes mais comuns são do ‘motoboy’, WhatsApp e phishing

Um levantamento realizado pela Federação Brasileira dos
Bancos (Febraban) revelou que, somente no primeiro semestre de 2021, os golpes
de engenharia social aumentaram 165% no Brasil, em comparação com o segundo
semestre de 2020. Além disso, uma pesquisa feita pela Deep Legal, Lawtech de
inteligência e gestão preditiva, aponta que apesar dos clientes serem os principais
responsáveis pelo compartilhamento das informações pessoais e bancárias, em
mais de 60% dos casos judicializados, as instituições são condenadas, ainda que
parcialmente.
Entre as fraudes de engenharia social mais comuns estão o
‘golpe do motoboy’, golpes no WhatsApp e o phishing (que teve crescimento de
26% nos seis primeiros meses de 2021, segundo a Febraban). Nesta modalidade, a
pessoa recebe um link em nome de uma empresa com a qual mantém relacionamento
ou com ofertas sedutoras e acaba fornecendo os dados pessoais e bancários sem
perceber que se trata de um site falso. De acordo com Vanessa Louzada, CEO da
Deep Legal, “a cada ocorrência, um novo processo jurídico é criado, pois muitas
vezes a pessoa que foi lesada recorre à Justiça para ter a compensação dos
prejuízos, o que gera uma demanda ao jurídico da empresa”, explica.
Em mais de 60% das decisões judiciais, as companhias foram
condenadas de alguma forma a ressarcir os clientes. “Apesar do investimento das
instituições e empresas de varejo em campanhas de orientação e na detecção do
uso irregular de seus nomes e logomarcas, neste tipo de prática, o que está na
mira do estelionatário digital é a desatenção do público que é levado pelo
impulso em uma oferta tentadora, por isso é importante conhecer as modalidades
de fraudes e a tendência de resultado das ações”, destaca Vanessa.

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