Empresas podem ser condenadas em caso de engenharia social contra clientes

Pesquisa revela que os golpes mais comuns são do ‘motoboy’, WhatsApp e phishing

Author Photo
5:00 pm - 19 de janeiro de 2022

Um levantamento realizado pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) revelou que, somente no primeiro semestre de 2021, os golpes de engenharia social aumentaram 165% no Brasil, em comparação com o segundo semestre de 2020. Além disso, uma pesquisa feita pela Deep Legal, Lawtech de inteligência e gestão preditiva, aponta que apesar dos clientes serem os principais responsáveis pelo compartilhamento das informações pessoais e bancárias, em mais de 60% dos casos judicializados, as instituições são condenadas, ainda que parcialmente.

Entre as fraudes de engenharia social mais comuns estão o ‘golpe do motoboy’, golpes no WhatsApp e o phishing (que teve crescimento de 26% nos seis primeiros meses de 2021, segundo a Febraban). Nesta modalidade, a pessoa recebe um link em nome de uma empresa com a qual mantém relacionamento ou com ofertas sedutoras e acaba fornecendo os dados pessoais e bancários sem perceber que se trata de um site falso. De acordo com Vanessa Louzada, CEO da Deep Legal, “a cada ocorrência, um novo processo jurídico é criado, pois muitas vezes a pessoa que foi lesada recorre à Justiça para ter a compensação dos prejuízos, o que gera uma demanda ao jurídico da empresa”, explica.

Em mais de 60% das decisões judiciais, as companhias foram condenadas de alguma forma a ressarcir os clientes. “Apesar do investimento das instituições e empresas de varejo em campanhas de orientação e na detecção do uso irregular de seus nomes e logomarcas, neste tipo de prática, o que está na mira do estelionatário digital é a desatenção do público que é levado pelo impulso em uma oferta tentadora, por isso é importante conhecer as modalidades de fraudes e a tendência de resultado das ações”, destaca Vanessa.

Newsletter de tecnologia para você

Os melhores conteúdos do IT Forum na sua caixa de entrada.