Tecnologia espacial da Embrapa vai mapear aquicultura no Brasil

Teste de tecnologia será conduzido pela Embrapa Territorial com aplicação desenvolvida pela brasileira Concert Space

Author Photo
9:45 am - 23 de maio de 2024
Foto: Shutterstock

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) planeja testar uma tecnologia de imagem por satélite para mapear remotamente a aquicultura no Brasil, aumentando a agilidade na identificação de regiões produtoras. O teste será conduzido pela Embrapa Territorial como parte de um acordo de cooperação técnico-científica para detecção automática de viveiros escavados para culturas aquáticas.

A aplicação está sendo desenvolvida pela empresa brasileira Concert Space. O satélite com a aplicação será colocado em órbita pela canadense Galaxia Mission Systems durante a Missão Möbius, prevista para 2025. A assinatura oficial para seguimento da parceria acontece nessa quarta (22) na sede da Embrapa Territorial em Campinas (SP).

Segundo Lucíola Magalhães, chefe-adjunta de pesquisa e desenvolvimento, a expectativa é que a tecnologia facilite a atualização anual dos viveiros escavados em todos os municípios do Brasil. A disponibilidade de dados sobre o segmento também pode contribuir para o fomento de políticas públicas e estatística do setor, diz a pesquisadora.

Veja também: SpaceX está construindo satélites espiões para governo dos EUA

No projeto será usada uma tecnologia chamada SDS (Satélite Definido por Software), que permite alterar missões durante a operação. Hoje, satélites tradicionais executam uma única função ao longo da vida útil.

Essa mudança deve permitir o uso de equipamento para aplicações mais diversas, reduzindo custo, entre outras vantagens.

Constelação satelital

A missão Möbius pretende lançar vários satélites do tipo SDS para imageamento, comunicação e computação em nuvem. O lançamento com a Embrapa será o primeiro da série e servirá como prova de conceito para outro programa espacial – o Bifrost -, da brasileira Concert Space, que pretende lançar três satélites SDS em órbita terrestre baixa (LEO) para sensoriamento remoto.

Os satélites são construídos para serem de baixo custo, fabricação rápida e ter tempo médio de vida em torno de cinco anos. A arquitetura de constelação, dizem as empresas, permite modelos de negócios que otimizam investimento e mantêm fluxo permanente de fabricação e lançamentos, viabilizando o modelo de negócios de satélite como serviço (Satellite as a Service), em que uma missão pode ser compartilhada por múltiplos usuários.

“A constelação pode ser usada de diferentes maneiras e em diferentes indústrias, como a de comunicação, tecnologia da informação, agronegócio e outros, potencializando a capacidade de atender as demandas do mercado nacional e internacional”, diz o CEO da Concert Space, Rafael Mordente.

A Concert é uma empresa de tecnologia operacional (TO) brasileira com mais de 40 anos de experiência nos setores de energia e aeroespacial. Entre os clientes, estão grandes concessionárias de energia, como a Cemig e a Light, além do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão.

Siga o IT Forum no LinkedIn e fique por dentro de todas as notícias!

Author Photo
Redação

A redação contempla textos de caráter informativo produzidos pela equipe de jornalistas do IT Forum.

Author Photo

Newsletter de tecnologia para você

Os melhores conteúdos do IT Forum na sua caixa de entrada.