Alexandre de Moraes abre inquérito sobre Elon Musk após recusa em bloquear contas no X

Ministro do STF afirmou que Elon Musk iniciou campanha de desinformação sobre atuação da Justiça brasileira

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9:39 am - 08 de abril de 2024
Imagem: Shutterstock

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a inclusão de Elon Musk, bilionário e dono da rede social X (ex-Twitter), como investigado no inquérito das milícias digitais.

Segundo Moraes, a decisão é justificada pela “dolosa instrumentalização criminosa” do X no âmbito de investigações dos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos. O ministro determinou ainda a instauração de um inquérito para apurar a conduta de Musk em relação aos crimes de obstrução à Justiça.

Neste sábado (06), Moraes afirmou que Musk iniciou uma campanha de desinformação sobre a atuação do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no país. O bilionário, disse o ministro, estaria instigando a desobediência e a obstrução à Justiça.

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A afirmação do ministro vem na esteira de uma declaração de Musk, que disse que iria rescindir o cumprimento de ordens da Justiça brasileira para o bloqueio de perfis criminosos, acusados de veicular fake news, no X.

Ao longo do fim de semana, Musk realizou uma série de postagens sobre o Brasil. Na rede social, o empresário afirmou que “levantaria restrições” impostas pela Justiça do país e também defendeu que Moraes renunciasse ao cargo do STF ou sofresse impeachment.

Também na decisão de Moraes, a rede social X deverá se abster de reativar qualquer perfil cujo bloqueio foi determinado pelo STF. A desobediência da determinação acarretará em multa diária de R$ 100 mil por perfil aos responsáveis pela rede no Brasil.

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Não há confirmação, no entanto, de que a rede social X tenha, de fato, descumprido alguma ordem da Justiça brasileira.

“A conduta do X configura, em tese, não só abuso de poder econômico, por tentar impactar de maneira ilegal a opinião pública, mas também flagrante induzimento e instigação à manutenção de diversas condutas criminosas praticadas pelas milícias digitais”, afirmou Moraes no texto publicado, segundo a Folha de S.Paulo.

*Com informações de Folha de S.Paulo

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Redação

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