Conectado às inovações, CIO da Cenibra destaca-se no Executivo de TI

Gerente de TI e Telecom da Cenibra, Ronaldo Ribeiro, está sempre de olho em novas tecnologias e apostou em um aplicativo integrado ao SAP para garantir agilidade e mais confiabilidade nas medições realizadas pela equipe de manutenção da empresa

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10:16 pm - 27 de março de 2018

Veterano no Prêmio Executivo de TI do Ano, promovido pela IT Mídia em parceria com a Korn Ferry, Ronaldo Ribeiro, gerente de TI e Telecom da Cenibra, indústria produtora de celulose, está sempre antenado às novidades do mercado. Ele, que já venceu o prêmio outras duas vezes, é Engenheiro de formação e trabalhou, por muito tempo, com Automação Industrial até assumir há sete anos a área de TI da Cenibra.

Para se manter conectado e agregar inovação ao negócio ele aposta na educação. “Ao assumir a TI foi necessário retornar ao meio acadêmico para me especializar. Foi um enorme desafio, mas altamente gratificante, pois a área de TI é muito diversificada e com enorme potencial de aprendizagem. Tenho estudado bastante e estou motivado com tudo que está acontecendo no segmento de TI”, afirma.

O projeto, que o levou a ganhar mais uma vez o prêmio na categoria Plásticos, borracha, papel e celulose, foi batizado de “Transformação digital nos processos de medições de serviços de manutenção”. A iniciativa teve como objetivo automatizar a rotina dos fiscais responsáveis por acompanhar as inúmeras obras de construção civil que acontecem no dia a dia da empresa. “Antes, os fiscais tinham de ir até o local das obras com uma prancheta para acompanhar o trabalho dos fornecedores. Lá eles verificavam o andamento da obra para que pudessem calcular o valor de pagamento a ser feito para os empreiteiros naquele período”, diz.

Todo o processo era manual. O profissional media, por exemplo, a pintura de uma parede. Ele anotava os dados, voltava ao seu posto de trabalho e preenchia uma ficha indicando o serviço executado, o material utilizado e qual o valor que deveria ser pago ao fornecedor com base no contrato assinado.

Esse documento era assinado pelo supervisor e enviado a um auxiliar administrativo, que inseria os dados no SAP. A partir daí, o sistema gerava um pedido de compra que era encaminhado ao fornecedor para que este emitisse a nota fiscal. Caso houvesse algum erro no cálculo, detectado no momento de inserir os dados no SAP, o auxiliar administrativo devolvia a ficha para que o fiscal revisasse os dados e fizesse a correção.

Fim do retrabalho

Com a solução, implementada em julho de 2017, o processo passou a ser todo digital. Cada fiscal tem uma programação semanal. Diariamente ele vai a campo, munido de um tablet, onde insere os dados diretamente no aplicativo, que já possui as regras de cada contrato pré-configuradas. Quando o profissional lança os dados da medição, o app faz os cálculos automaticamente.

No momento em que entra na rede Wi-Fi, o fiscal recebe uma mensagem para que possa checar os dados. Ao confirmar as informações, estas seguem para aprovação do gestor e então é gerado o pedido de compra. “O processo que levava semanas hoje é concluído em minutos. Além disso, os riscos de erro no cálculo foram mitigados, pois o aplicativo faz os cálculos”, explica Ribeiro.

Para ilustrar o impacto da mudança, o executivo cita alguns indicadores: houve redução de 70% no tempo de conferência de boletins, que equivale a 20 horas/mês com essas atividades. “Em relação aos serviços dos técnicos, que lançam as medições no SAP, reduzimos em 95% o tempo de lançamento, que equivale a 48 horas/mês com essas atividades.” A integração e a rastreabilidade de todo o processo, assim como maior assertividade no orçamento da manutenção civil, foram outros ganhos observados com o sistema.

Isso sem falar na eliminação do trabalho manual dos auxiliares administrativos, que não precisam mais inserir pilhas de documentos no sistema. “Reduzimos as horas extras e aumentamos a produtividade dos fiscais, que hoje têm mais tempo para fazer as medições em vez de ficar no escritório realizando cálculos”, comemora Ribeiro. Os profissionais também se mostraram mais motivados com o uso de novas tecnologias.

“É uma solução inédita e quando a apresentamos à diretoria, eles entenderam rapidamente os ganhos possíveis”, conta o executivo. “Estamos trabalhando fortemente a questão da redução de riscos e esse projeto tem tudo a ver com essa diretriz”, orgulha-se.

De acordo com Ribeiro, a solução foi desenvolvida com o apoio da área de manutenção. “Tenho feito um trabalho intenso com os gestores para mostrar como a TI pode contribuir”, afirma. O executivo conta que está estudando muito sobre a indústria 4.0 e tenta aplicar as inovações à Cenibra. “Para ser 4.0, é preciso ter as pessoas certas, por isso invisto no desenvolvimento da minha equipe, motivando-os a estudar e buscar inovações. O mundo está mudando e a TI vai suportar mais de 70% dessa mudança. Precisamos estar preparados”, destaca.

Finalistas da categoria Plásticos, borracha, papel e celulose

1º Ronaldo Ribeiro – Cenibra

2º Wilson Lopes – Fibria Celulose

3º Luciano Rossete – ADAMI S/A

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