Commvault: os desafios de segurança do ambiente multi-cloud

Executivos dão detalhes de modernização de cibersegurança e importância do Brasil para a companhia

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12:19 pm - 25 de setembro de 2023
Al Timchuk, VP de vendas internacionais da Commvault, Darren Yablonski, diretor de engenharia para EUA, Canadá e Latam da Commvault e Bruno Lobo, general manager da Commvault na América Latina Al Timchuk, VP de vendas internacionais da Commvault, Darren Yablonski, diretor de engenharia para EUA, Canadá e Latam da Commvault e Bruno Lobo, general manager da Commvault na América Latina

Multi-cloud ou múltiplas nuvens, em português, é um termo cada vez discutido entre empresas de diferentes indústrias e tamanhos. Com isso, surgem desafios de negócios resultantes dessa jornada para a nuvem. Entre eles, um dos mais importantes é o fato de que os dados estão em toda a parte.

Em entrevista ao IT Forum, Al Timchuk, VP de vendas internacionais da Commvault, afirma que as companhias estão gerenciando diversas cargas de trabalho, entre nuvens, regiões, data centers, diferentes aplicativos, entre outros.

“Algo que descobrimos é que 60% das empresas não têm visibilidade completa sobre onde residem seus dados. Portanto, mesmo que estejam na nuvem, eles lutam para entender onde estão. Eles se perguntam: estou devidamente protegido e lidando com isso da maneira mais eficaz e econômica?”, frisa ele.

E essa situação poderá piorar, uma vez que os riscos estão aumentando dramaticamente. “Também vemos que não estamos reportando tanto os riscos porque as empresas não querem compartilhá-los. Portanto, as equipes de segurança estão constantemente em alerta, tentando defender e lidar com os riscos de cibersegurança e proteção de dados em todos os aplicativos, infraestruturas e perímetros”, comenta o executivo.

Darren Yablonski, diretor de engenharia para EUA, Canadá e Latam da Commvault, complementa ao dizer que a companhia se concentra em três pilares: segurança fundamental, defesa proativa e recuperação mais rápida.

A segurança fundamental, explica, é concentrada em proteger esses dados, evitando acessos indesejados e atendendo à conformidade por meio de proteção, arquitetura de confiança zero e protocolos de produtos de segurança integrados. Do ponto de vista da defesa, prometem detectar e neutralizar as ameaças internas de dia zero antes que elas causem danos, além de alertas antecipados usando monitoramento.

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Por fim, de uma perspectiva de recuperação mais rápida, mantém a continuidade dos negócios, aproveitando a recuperação de fluxos de trabalho híbridos e múltiplas nuvens em toda a empresa, com agilidade e velocidade.

Commvault: revelância do mercado brasileiro

Para Timchuk, o Brasil é extremamente importante para a Commvault, com uma oportunidade de mercado massiva. “A equipe continua a demonstrar que a necessidade está alimentando seu crescimento. É uma das regiões que mais cresce nas Américas e, por isso, continuamos avaliando onde podemos fazer investimentos e agregar recursos adequados para suportar a demanda.”

Bruno Lobo, general manager da Commvault na América Latina, acrescenta dizendo que a empresa tem grandes clientes na região e que enfrentam os mesmos desafios de outros locais. “Temos desafios adicionais em termos de economia, mas não apenas no Brasil. Mas o Brasil é o núcleo mais importante da América Latina, então enquanto estivermos indo bem, a América Latina também crescerá.”

O VP de vendas concorda com a afirmação de que os problemas não são unicamente dos brasileiros. Um dos obstáculos enfrentados em todo o mundo é a recuperação de ransomware na cibersegurança multicloud.

“Eu adoro dizer que o sucesso se baseia na colaboração, na colaboração de parceiros e clientes. Ninguém pode fazer isso sozinho. A tecnologia é um pilar, mas as pessoas, a colaboração a e execução são outros. E a vontade de mudar é algo que cada organização tem um limiar diferente”, frisa ele.

Essa dificuldade de mudança, muitas vezes, está apoiada nos sistemas legados de grandes companhias. Yablonski explica que essas companhias, ao longo do tempo, adquiriram e cresceram por meio da aquisição de outras organizações e a integração de soluções aumenta a complexidade e diminui o tempo de resposta no caso de um evento de segurança como o ransomware.

“O que estamos fazendo é modernizar o ambiente deles. O que gosto de chamar de proteção de dados para o mundo moderno, olhando para suas soluções de nuvem híbrida, garantindo que oferecemos suporte ao mais amplo conjunto de aplicativos, nuvem, ambientes locais para garantir que eles possam fazer isso de uma maneira muito simplificada, porque, sem isso, eles simplesmente não conseguem se recuperar em tempo hábil, o que pode custar milhões de dólares às organizações”, revela ele.

Uma das tecnologias aplicadas para a resposta rápida é a Inteligência Artificial. A Commvault usa a IA para desbloquear o poder de automação, usando automaticamente algoritmos avançados para diferenciar uma ameaça real e falsos positivos.

“Usando recursos como aprendizado de máquina e inteligência artificial, permitimos que nossos clientes recuperem esses dados muito rapidamente de forma automatizada, aproveitando a inteligência artificial para automatizar esses processos, o que é uma virada de jogo na indústria hoje”, finaliza Yablonski.

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Laura Martins

Editora do IT Forum. Jornalista com mais de dez anos de atuação na cobertura de tecnologia. É a quarta jornalista de tecnologia mais admirada no Brasil, pelo prêmio “Os +Admirados da Imprensa de Tecnologia 2022” e tem a experiência de contribuições para o The Verge.

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