CIOs são conservadores em relação à mudança para o digital
Em 2015, as despesas em TI em todo o mundo vão somar, de acordo com a IDC, US$ 3,9 trilhões, sendo que 70% do investimento será direcionado para a segunda plataforma, suportada por serviços de internet e organizada no modelo cliente/servidor. Em 2020, esse número saltará para US$ 4,6 trilhões e 55% do orçamento será direcionado para a segunda plataforma.
“Isso significa que o CIO será pressionado para investir na terceira plataforma, composta por cloud, social, big data e mobilidade, e deverá manter o legado de forma econômica, uma vez que ele terá de tirar dinheiro da segunda para investir na terceira”, sintetizou Patricia Florissi, CTO da EMC durante EMC Forum, realizado hoje (26/8) em São Paulo, completado que além de tudo isso, o líder de TI terá de gerenciar a segurança.
Mas, na visão de Carlos Cunha, presidente da EMC Brasil, quando o assunto é migrar da segunda para a terceira plataforma, o CIO ainda é bastante conservador e esse comportamento acontece em todo o mundo. “Isso porque, mexe no legado e existe risco”, assinala. Segundo ele, faz parte do papel da EMC entender, ao lado da empresa, o risco e traçar um plano para mitigar possíveis problemas na digitalização dos negócios. “O importante é começar pequeno e aprender”, ensina.
O executivo relata que ninguém tem mais dúvidas de que é possível inovar por meio da terceira plataforma. “Algumas indústrias são forçadas a arriscar mais por sobrevivência, como o varejo, onde as margens são menores, ou no setor financeiro, por exemplo. Quem aposta no digital pode ser mais agressivo no mercado.”
Patricia acredita que a resistência acontece porque muitos dos líderes de TI veem os projetos baseados na segunda plataforma e na terceira de forma separada. “É preciso enxergar de forma convergente”, diz, acrescentando que a EMC procura eliminar ao máximo o esforço das áreas de tecnologia na migração para o mundo digital.
Segundo ela, a EMC trilhou diversos caminhos para promover mais comodidade e tranquilidade na transformação. Uma delas, diz, é a simplificação do gerenciamento de dados. Outro exemplo é no uso de tecnologia flash em suas tecnologias. “Além disso, apostamos na infraestrutura convergente. Antes, TI comprava diversas caixas e as integrava. Nós unimos o melhor dos mundos para gerar uma arquitetura integrada, como é o caso do Vblock”, explica.
A executiva citou ainda as plataformas de armazenamento definidas por software, que têm sido alvo do investimento da EMC e que contribuem sobremaneira para aliviar dos ombros da TI o peso da complexidade da infraestrutura de armazenamento e para redução dos custos relacionados. “Estamos ainda abraçando o open source para levar software com preços mais acessíveis para as empresas e contar com uma comunidade de desenvolvedores”, completa.
Patricia lembra que a EMC está trabalhando constantemente para contar com outras inovações no mercado. Uma delas vai chegar em breve ao mercado. No final do ano, a empresa vai lançar o DSSD, flash instalado no servidor que promove latência de 6 microssegundos. “Tudo isso, porque queremos que as companhias extraiam, ao máximo, os benefícios do universo digital”, finaliza.