Cenibra moderniza processos com automação e mobilidade

Projeto atualiza administração do almoxarifado, acaba com papelada e aumenta produtividade

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12:25 pm - 12 de fevereiro de 2018
Cenibra

Fundada em 1973, com atuação em 54 municípios e 7 mil colaboradores, a Cenibra é uma das maiores produtoras nacionais de celulose branqueada de fibra de eucalipto. Em seu negócio, materiais, peças e equipamentos de manutenção são vitais para a disponibilidade e a confiabilidade.

Com base nesse cenário, a companhia decidiu fazer uma revisão completa dos seus processos de administração de almoxarifado. O objetivo era reduzir tempos e movimentos em sua logística interna e, assim, cumprir suas metas de produtividade.

Em um primeiro momento, explica Ricardo Santos, analista de TI da Cenibra e gerente do projeto, a ideia era automatizar o almoxarifado central da companhia. Até então, os processos da área, como recebimento, inspeção de materiais, movimentação, inventário e expedição eram executados de forma manual.

Todo o controle era realizado em papel e depois passado para o sistema de gestão empresarial, um processo moroso que poderia resultar em erros. Por ano, o departamento gerava 35 mil registros em papel. Além disso, não havia indicadores e registros de quanto, quando e quem efetuou uma estocagem.

“Fomos ao mercado em busca de uma tecnologia e identificamos que o QR Code seria a melhor solução. Assim, encontramos a solução Sigga Rafalle, aplicativo que realiza a gestão de almoxarifado”, explica Santos.

O projeto de automatização e mobilidade dos almoxarifados da Cenibra consumiu dez meses e foi inicialmente implemento no almoxarifado central, mas há previsão de expansão para os regionais, adiantou o executivo.

Mudança de patamar

Geraldo Ferreira, especialista em almoxarifado da Cenibra e usuário-chave do projeto, conta que, hoje, o processo de recebimento e de inspeção é automático. Equipados com tablets e coletores de dados, 25 colaboradores utilizam o aplicativo em suas rotinas diárias, identificando materiais e peças etiquetadas com códigos bidimensionais do tipo QR Code.

“O inspetor precisa apenas abrir a demanda diária em seu dispositivo e iniciar o trabalho. Ele analisa os critérios técnicos das mercadorias e as libera”, explica. Antes, o profissional tinha de escrever seu parecer manualmente no formulário, ir até sua mesa, digitar a tomada de decisão e processar a demanda.

Na visão de Ferreira, um fator fundamental no projeto foi o rompimento da barreira cultural. “Todos os usuários foram envolvidos no processo. Da concepção ao treinamento. Foi crucial trazer todos para o projeto”, comenta, reforçando que esse foi um dos fatores de sucesso da iniciativa. Concorda com ele Santos. “O desafio foi tirar o usuário da zona de conforto e implementar algo novo.”

Resultados

Entre os principais resultados obtidos após a implementação do projeto, Ferreira destaca economia de custos e horas extras de mão de obra, redução de 20% no tempo de inspeções técnicas, registros de não conformidade e devoluções, eliminação de 50% no tempo inventário e armazenagem, eliminação de 90% dos processos burocráticos (separação, impressão de etiquetas e baixa de documentos), além de mais de 35 mil folhas de papel salvas por ano.

Agora, com dispositivos móveis, o colaborador não precisa se deslocar até uma estação de trabalho para tratar reservas ou consultar os materiais em estoque. “Registramos melhorias significativas de produtividade”, reforça Ferreira.

Coinovação

Santos conta que o projeto gerou alguns trabalhos de coinovação com a Sigga. “A Sigga tem um produto para inventário, que atendia ao módulo de gestão de materiais SAP, controle do estoque até o nível de depósito. Contudo, a solução não estava pronta para suprir o Warehouse Management (WM). Então, em parceria com a Sigga, desenvolvemos o módulo WM”, detalha ele, completando que agora essa parte da tecnologia está disponível para qualquer empresa do mercado.

Segundo ele, o recurso na ferramenta de inspeção de materiais também não existia, mas foi desenvolvido e incorporado. “Precisávamos dessa funcionalidade, pois o material quando chega até o almoxarifado não está disponível em um primeiro momento para uso. Ele vai para a inspeção e se estiver em conformidade é liberado para o uso ou para o estoque. Esse processo de inspeção não existia e também foi criado”, conta.

Ferreira comenta que o fato de a Sigga dar abertura para melhtorias no produto foi um ponto positivo no projeto. “Isso cria uma coautoria grande na solução. Uma verdadeira interação.”

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