Business Intelligence: soluções simples, decisões complexas
Estamos realmente na era dos dados. Mas o que está impulsionando esta discussão?
Nunca se falou tanto em Business Intelligence (BI) e Business Analytics (BA) como agora. Parece que um gigante adormecido foi despertado, pois quando olhamos o número de eventos e encontros voltados para este tema, percebemos que estamos realmente na era dos dados. Mas o que está impulsionando esta discussão? A resposta está na nuvem.
O que grandes provedores de nuvem fizeram foi construir plataformas de serviços que tornaram o tratamento de dados acessíveis, por um custo muito menor. O resultado desta combinação está na avalanche de empresas interessadas em iniciar este projeto com inteligência, com o propósito de melhorar a performance de suas companhias e, ainda, estabelecer estratégias mais consistentes para o futuro dos negócios, baseados em análises preditivas.
Neste cenário, o grande risco é que habilitar esses serviços e gerenciar a infraestrutura que os sustentam não é algo simples, já que definir e gerenciar uma arquitetura sólida e estável é fator fundamental de sucesso para o projeto. Isso porque a falta de planejamento ou uma arquitetura incorreta, poderá transformar o barato em algo muito caro, frustrando todas as expectativas do cliente e tornando a aventura de BI e BA na nuvem algo muito arriscada, principalmente se a pretensão é fazer sozinho. A mitigação dos riscos está na combinação entre o conhecimento do negócio com a experiência que o parceiro especializado tem no mundo da computação em nuvem.
Entretanto, escolher quem vai te acompanhar na construção da estrutura de dados na nuvem pode não ser uma tarefa simples. Empresas buscam soluções por si mesmas, uma vez que já o faziam quando seus dados estavam “dentro de casa”, aumentando ainda mais o risco.Nem sempre a área interna de TI está preparada para tomar esta decisão, ou seja, assumir riscos desnecessários, sem considerar custos indiretos como curva de aprendizado, segurança e o tempo consumido dos funcionários, que já é bem escasso.
Um fator que corrobora para este comportamento de risco é o de que as ferramentas de BI e BA são práticas e, aparentemente, funcionam sozinhas e estão cada vez mais simples. Porém, é importante lembrar que as ferramentas, em geral, processam apenas dados existentes. Parece óbvio, mas cuidado, pois é comum iniciar projetos para acompanhamento de números que não são medidos, cujos custos para iniciar a medição podem se tornar maior do que o próprio projeto.
A prioridade de quem escolhe estar na nuvem deve ser investir tempo naquilo que é primordial: apoiar as áreas de negócio no entendimento dos dados, estabelecer painéis de visualizações (dashboards), definir o que deverá ser medido e quais os tipos de predições são estratégicas para empresa, frisando em questões como proteção de dados, infraestrutura de entrega estável e alternativas possíveis para modernização, monitoramento e gestão. Com isso definido, tratar os dados na nuvem se torna factível, menos complicado e os resultados aparecem de maneira imediata e consistente, além de apresentar um horizonte de possibilidades sem precedentes para o negócio.
*Por Eronides Junior, diretor comercial na Dedalus