Brasil sobe 4 posições no Índice de Localização de Serviços Global 2016

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11:28 am - 14 de janeiro de 2016
Brasil sobe 4 posições no Índice de Localização de Serviços Global 2016
O Brasil ocupou a quarta posição no 2016 Global Services Location Index (GSLI), uma pesquisa realizada pela A.T. Kearney e divulgada nessa quarta-feira (13/1). O levantamento analisa e classifica os 55 principais países para terceirização com base em métricas em três categorias: atratividade financeira, habilidades e disponibilidade das pessoas e ambiente de negócios.

O País ficou atrás apenas da Índia, China e Malásia, que ocuparam respectivamente o primeiro, segundo e terceito lugar no ranking.
O GSLI traz rigor às decisões de localização das empresas no mercado de trabalho globalizado de serviços, particularmente para as funções de back-office, tais como TI e terceirização de processos empresariais. 
Na sua sétima edição, o estudo identifica novas rupturas e ameaças no mercado de terceirização, um resultado que apresenta uma maior guinada em relação às normas anteriores do que quaisquer mudanças nas classificações dos países.
Embora o GSLI deste ano examine a trajetória da arbitragem de custos de offshoring para países em desenvolvimento de baixo custo, e a ascensão de alguns novos locais, a história real está na ruptura que está sendo sentida neste setor já disruptivo nos níveis de automação de processos de negócios. “Mesmo que os seis ou sete principais países estejam ocupando a mesma ordem este ano, em relação a 2014, fazendo uma projeção, tudo isso poderá mudar radicalmente, uma vez que a própria natureza do que está sendo terceirizado está mudando”, observa Arjun Sethi, responsável pela prática de TI Estratégica da A.T. Kearney e principal autor do estudo. 
De acordo com ele, essa é a primeira vez foi identificada automação como tendência. “Ela poderá deslocar a liderança das preferências pela Índia e China em outsourcing”, diz.
O estudo projeta que a Robotic Process Automation (RPA) continuará em expansão e influenciará a economia de serviços ao longo da próxima década, uma vez que as tarefas baseadas em regras e repetitivas que a maioria dos funcionários de backoffice realiza são as mais fáceis de automatizar.
No entanto, um disruptor surgiu na forma de Business Process as a Service (BPaaS). Enquanto na RPA os robôs são ensinados a imitar o que os humanos fazem usando interfaces de usuário da própria empresa, no BPaaS os prestadores de serviços utilizam uma interface padronizada e realizam o processamento englobando múltiplos clientes — com diferentes graus de automação — para entregar resultados rapidamente em qualquer escala.
Conforme observa Johan Gott, principal da A.T. Kearney e coautor do estudo, “as implicações sobre a acessibilidade dos serviços e emprego nesses países são enormes. No lado do cliente ou do destinatário, o BPaaS reduz drasticamente as barreiras de entrada para o gerenciamento de dados de negócios, abrindo as portas para empresas menores e mais novas”, afirma, completando que, ao mesmo tempo, é identificada uma mudança nas habilidades de trabalho exigidas para atuar em países com sistemas de ensino mais adaptáveis. “Conforme a padronização e automação surgem para dominar os processos mais simples, os offshorers exigirão habilidades de natureza mais analítica”, encerra.

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