AWS não vê ameaças em investimentos de concorrentes no Brasil: “Longo caminho”

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10:00 am - 01 de dezembro de 2016
AWS não vê ameaças em investimentos de concorrentes no Brasil: "Longo caminho"

Recentes investimentos de outros gigantes, como Google, Microsoft, IBM e Oracle em computação em nuvem no Brasil não assustam a Amazon Web Services (AWS). Diante de novas infraestruturas que prometem acirrar a disputa de mercado, a AWS, focada em serviços de cloud pública, afirma estar segura para seguir sua jornada no País. Sobretudo por conta dos seus cinco anos de operação com data center brasileiro, em São Paulo.

“Sempre soubemos que esse mercado era grande suficiente para ter vários players. Nos impressiona por que demoraram tanto para perceber e começar o investimento. Começamos dez anos atrás. O data center na América Latina tem cinso anos e só agora os competidores começaram a anunciar”, disse Marcos Grilanda, gerente regional da AWS (responsável pela América Latina – exceto Brasil e México), em conversa com jornalistas durante o re:Invent, evento anual da companhia em Las Vegas, nos EUA.

O Google incluiu para 2017 São Paulo como região. A empresa, no entanto, não vai construir um data center na capital paulista e optou por oferecer serviços corporativos de nuvem por meio de provedores de serviço. A Microsoft, que iniciou operação de data center vinculado ao Azure em 2014, tem apostado na solução. A Oracle, por sua vez, anunciou no ano passado seu data center brasileiro em Campinas (SP), enquanto a IBM, outro player do mercado de nuvem, inaugurou seu segundo data center no País, em Jundiaí (SP), também em 2015.

Grilanda afirma que a concorrência é positiva para os consumidores terem mais opções, para ter a oportunidade de comparar serviços. “Passamos por diversos desafios que eles ainda vão enfrentar.”

O executivo destaca o ecossistema conquistado pela AWS no Brasil como diferencial, desde startups a grandes companhias. “Temos uma referência em cada vertical de mercado”, garante. Outro diferencial apontado por Grilanda é o modelo de contrato e a liberdade. “Não temos contrato com os clientes. Eles usam o quanto precisam. Se quiserem sair amanhã, só desligar as máquinas e não pagam nenhuma taxa.”

Grilanda, na verdade, citou outro ponto como empecilho para o avanço dos negócios. “O desconhecimento ainda é o maior concorrente. O desafio é levar conhecimento para os clientes”, completa.

Jornada no início
Para Jaime Walles, diretor da AWS na América Latina, a jornada da nuvem na América Latina ainda está no início. E isso traz segurança para a questão do aumento da concorrência.

“(A maior concorrência) Não muda nada para nós. Temos centenas de milhares de empresas na América Latina iniciando suas jornadsa com nuvem. São oportunidades significantes. Nosso objetivo é focar no cliente e nos serviços, com nossos parceiros. A jornada ainda está começando e vamos continuar focando nisso. Os clientes vão sentir a diferença dos nossos serviços”, comenta.

O executivo destacou que o grande objetivo é ouvir constantemente os clientes para oferecer o que eles precisam. Sobre a estimativa de tempo da jornada, Walles disse que é impossível prever, já que cada cliente tem suas características e necessidades. “Vamos ajudar cada cliente a ser mais efetivo e acelerar seus requisitos”, conclui.

* O jornalista viajou a Las Vegas (EUA) a convite da AWS

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