Apple e Microsoft lutam para evitar regulações na UE para Bing e iMessage

Gigantes da tecnologia buscam argumentos para não entrarem na categoria de "gatekeepers" de regulações da União Europeia

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7:40 pm - 05 de setembro de 2023

Para evitar as novas regulamentações europeias, a Apple e a Microsoft estão atualmente se esforçando para evitar que o Bing e o iMessage sejam incluídos na lista de “gatekeepers” tecnológicos da União Europeia. Ambas as gigantes da tecnologia estão fazendo argumentações privadas e separadas, alegando que seus serviços não possuem a escala nem a influência necessárias para justificar as restrições propostas pela lei que deverá entrar em vigor no dia 6 de setembro, segundo publicação do Financial Times.

O Ato dos Mercados Digitais designará as empresas e os serviços específicos que serão listados como “gatekeepers”, ou seja, que mantém monopólio comercial e prejudicam a competitividade leal na UE, com base na sua receita e no número de utilizadores. Essas empresas estarão sujeitas a regras rigorosas de concorrência e interoperabilidade. Embora a Apple, a Microsoft e outras gigantes, como Amazon, Alphabet, Meta, ByteDance e Samsung, já estejam na lista, a questão é qual parte de seus portfólios deverá ser abrangida.

Uma vez designadas, as empresas terão até março de 2024 para cumprir as novas regras.

Leia mais: União Europeia acerta ao regulamentar IA, mas há incertezas a respeito do cumprimento

A Microsoft, embora provavelmente não conteste a inclusão do seu sistema operativo Windows na lista de “gatekeepers”, argumenta que o Bing, com a sua quota de mercado relativamente pequena na pesquisa em comparação com o gigante Google, não deve ser incluído, pois isso poderia prejudicar ainda mais a sua posição no mercado.

Por sua vez, a Apple está trabalhando em formas de abrir o iOS a lojas de aplicações de terceiros e à instalação lateral para cumprir as novas regras. No entanto, a empresa argumenta que o iMessage não atinge o limite de 45 milhões de utilizadores mensais ativos estabelecido pelo Ato dos Mercados Digitais, e, portanto, não deve ser forçado a interoperar com outros serviços de mensagens.

Embora a Apple não tenha divulgado números oficiais, estimativas externas sugerem que o iMessage poderá ter cerca de um bilhão de utilizadores em todo o mundo.

Estas ações fazem parte de um esforço mais amplo da União Europeia para conter o poder das gigantes da tecnologia, com o Ato dos Serviços Digitais, focado na gestão de dados dos utilizadores e na moderação de conteúdo, já em vigor desde o mês passado.

*Com informações do Financial Times

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Redação

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