De profissional alocado a CEO: a história de Andrey Coelho, da Yaman

Andrey Coelho teve contato com tecnologia ao 9 anos por incentivo do pai. Hoje lidera um negócio baseado em experiência

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11:13 am - 19 de junho de 2023
Andrey Coelho, Yaman Foto: Divulgação

Andrey Coelho conheceu a tecnologia muito cedo. Aos nove anos, seu pai o matriculou em um curso de informática no centro de São Paulo. Na época, ele morava em Osasco, na região de metropolitana de São Paulo, e pegava transporte público sozinho para participar das aulas. Logo ele se encantou com o universo da tecnologia e entendeu que esse tinha de ser seu caminho.

Inclusive, ele considera este um grande legado do seu pai, que logo em seguida foi assassinado na porta de casa.

Algum tempo depois, Coelho buscou locais para trabalhar em um lava jato perto da sua casa. Conversou com o dono e conseguiu sua primeira oportunidade de emprego.

“Depois de alguns dias, notei que todo o controle de tipo de lavagem e carro era feito manualmente. Então, sugeri que controlássemos por meio de um sistema e o dono topou”, lembra Coelho, comentando que essa foi a primeira vez que desenvolveu um software, ainda que simples.

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Depois de ter iniciado a carreira em tecnologia, Coelho logo passou a atuar em empresas como técnico, sempre alocado no cliente. Foi na central de atendimento ao cliente de uma dessas companhias, então, que ele teve um momento de descoberta sobre seus próximos passos: o de contar com times alocados no cliente, mas sempre com um olhar muito voltado para qualidade e experiência.

Em 2013, passou para o outro lado do balcão para se tornar empreendedor na Yaman, consultoria nacional de qualidade e engenharia de software, onde é CEO desde 2014. “Eu não tinha plano B. Tinha de fazer dar certo”, conta ele.

E foi com essa determinação que a Yaman passou a se destacar e crescer no mercado, ganhando força junto com a bandeira criada por Coelho: “Não irrite o cliente”. Parece óbvio, a última coisa a ser feita, mas não irritar o cliente vai muito além de colocar o cliente no centro, é estender as mãos para ele, caminhar lado lado e, na prática, essa é uma máxima bastante difícil de concretizar.

“A experiência do consumidor é questão central e estratégica para todas as empresas, principalmente hoje em ambiente totalmente respaldado pelo digital, que facilita ainda mais a evasão do cliente caso você não se preocupe e cuide dele”, observa. Essa premissa é levada tão a sério que Coelho garante que a missão está enraizada em todos os times e que a Yaman não tem evasão de clientes.

Coelho revela ainda que a empresa se preocupa tanto com a experiência do cliente que não poderia deixar de pensar também na experiência de pessoas com deficiência nas aplicações. Por isso, conta com um time de 15 cegos, que atuam para aprimorar aplicações sob a perspectiva deles.

Hoje com 350 funcionários, e uma estrutura moldada por times ágeis, a Yaman tem a meta de dobrar seus negócios nos próximos três anos. Por ser uma empresa essencialmente de pessoas, Coelho entende que são elas que vão viabilizar esse crescimento. Por isso, o cuidado com os talentos é também ponto de atenção para o executivo, especialmente em um mercado que tem como prática o ‘rouba monte’, por falta de talentos disponíveis.

“Pessoas felizes entregam melhor e deixam clientes felizes. Acionistas felizes também conseguem construir. Temos até um programa de felicidade e acabamos de contratar uma head de felicidade”, comemora ele.

Coelho mostra-se animado com os próximos passos da Yaman e revela que a veia empreendedora está presente em sua atuação e que tenta passar para o time essa perspectiva de fazer o novo e o diferente, sempre com transparência. “É isso que garante a perenidade do negócio”, finaliza.

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