Que layoffs? 80% dos executivos quer investir em startups em 2023

Pesquisa da Ace Cortex aponta otimismo das grandes corporações para investir ou adquirir startups no primeiro semestre

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2:10 pm - 26 de março de 2023
Foto: Shutterstock

Apesar de um cenário marcado por uma série de demissões nas operações de startups e de uma retração do investimento nos últimos meses, uma nova pesquisa da Ace Cortex revelou que a maioria das grandes corporações planeja investir em startups dentro dos próximos meses.

“Cerca de 80% dos executivos afirmaram que pretendem fazer ao menos um investimento em startups ainda no primeiro semestre deste. Esse indicativo mostra como o corporate venture capital e o M&A tem se consolidado no mercado nacional e se tornará, em breve, o carro chefe da inovação nas grandes empresas”, diz Luís Gustavo Lima, sócio e CEO da Ace Cortex.

O estudo que avalia as tendências em corporate ventura capital e M&As entrevistou mais de 120 profissionais de média e alta liderança, representada pelos cargos de C-Level, Diretor, Gerentes e Coordenadores de grandes empresas.

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De acordo com a análise, mais da metade das empresas (57,89%) realizou ao menos uma aquisição em 2022, e 31,58% realizou de duas a cinco operações de M&A, e 2,63% fez mais de 10 aquisições, apenas cerca de uma em cada cinco corporações (22,65%) realizou aquisição de startups por acordos de M&As. Na avaliação da Ace Cortex esses dados mostram que o mercado corporativo ainda está em fase de amadurecimento no que diz respeito em investimento.

Entre os principais motivos que impulsionam grandes empresas a investir em startups estão a previsão de nova linhas de receita, para 44,7% dos respondentes, seguido por “aumento no portfólio” (42,1%), “ganho de market share” (5,3%) e “aquisição de talentos” (2,6%).

Investir em startups: futuro

Entre as empresas que pensam em fazer um M&A, metade tem interesse em startups que faturam entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões por ano. Os três tipos de tese que despertam maior interesse dos respondentes para compra são B2C (39,47%), Gestão (34,21%) e Vendas (34,21%), sendo que a maior parte dos deals tem valor médio de até R$ 10 milhões (47,37%).

O estudo também destacou uma grande sinergia de colaboração entre startups e as corporações. Seis em cada 10 dos executivos ouvidos afirmaram que suas empresas trabalham com parceiros para inovação. Destes, 79,69% das respostas possuem algum tipo de interação com startups, sendo a maioria dos casos, startups aparecem como fornecedoras ou como impulsionadoras em projetos de inovação.

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Há também entre as empresas aquelas que dedicam uma área para se aproximar das startups. 54,9% dos respondentes afirmaram possuir um departamento interno responsável por encontrar startups para firmar parcerias. Cerca de 24% das companhias dizem recorrer a consultorias.

Sobre como essas empresas trabalham com as startups: 51,2% utilizam budget da área de inovação, 48,8% frente de investimento da empresa e 28,5% operam com o próprio fundo.

De acordo com a pesquisa, as empresas que fizeram programas com startups os consideram satisfatórios. 57% dos executivos afirmaram que os programas desenvolvidos com as startups tiveram resultados excelentes ou satisfatórios, tendo objetivos estratégicos sendo alcançados. Apenas 11% afirmaram que não houve sinergia no projeto desenvolvido em conjunto.

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