Que layoffs? 80% dos executivos quer investir em startups em 2023
Pesquisa da Ace Cortex aponta otimismo das grandes corporações para investir ou adquirir startups no primeiro semestre
Apesar de um cenário marcado por uma série de demissões nas operações de startups e de uma retração do investimento nos últimos meses, uma nova pesquisa da Ace Cortex revelou que a maioria das grandes corporações planeja investir em startups dentro dos próximos meses.
“Cerca de 80% dos executivos afirmaram que pretendem fazer ao menos um investimento em startups ainda no primeiro semestre deste. Esse indicativo mostra como o corporate venture capital e o M&A tem se consolidado no mercado nacional e se tornará, em breve, o carro chefe da inovação nas grandes empresas”, diz Luís Gustavo Lima, sócio e CEO da Ace Cortex.
O estudo que avalia as tendências em corporate ventura capital e M&As entrevistou mais de 120 profissionais de média e alta liderança, representada pelos cargos de C-Level, Diretor, Gerentes e Coordenadores de grandes empresas.
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De acordo com a análise, mais da metade das empresas (57,89%) realizou ao menos uma aquisição em 2022, e 31,58% realizou de duas a cinco operações de M&A, e 2,63% fez mais de 10 aquisições, apenas cerca de uma em cada cinco corporações (22,65%) realizou aquisição de startups por acordos de M&As. Na avaliação da Ace Cortex esses dados mostram que o mercado corporativo ainda está em fase de amadurecimento no que diz respeito em investimento.
Entre os principais motivos que impulsionam grandes empresas a investir em startups estão a previsão de nova linhas de receita, para 44,7% dos respondentes, seguido por “aumento no portfólio” (42,1%), “ganho de market share” (5,3%) e “aquisição de talentos” (2,6%).
Investir em startups: futuro
Entre as empresas que pensam em fazer um M&A, metade tem interesse em startups que faturam entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões por ano. Os três tipos de tese que despertam maior interesse dos respondentes para compra são B2C (39,47%), Gestão (34,21%) e Vendas (34,21%), sendo que a maior parte dos deals tem valor médio de até R$ 10 milhões (47,37%).
O estudo também destacou uma grande sinergia de colaboração entre startups e as corporações. Seis em cada 10 dos executivos ouvidos afirmaram que suas empresas trabalham com parceiros para inovação. Destes, 79,69% das respostas possuem algum tipo de interação com startups, sendo a maioria dos casos, startups aparecem como fornecedoras ou como impulsionadoras em projetos de inovação.
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Há também entre as empresas aquelas que dedicam uma área para se aproximar das startups. 54,9% dos respondentes afirmaram possuir um departamento interno responsável por encontrar startups para firmar parcerias. Cerca de 24% das companhias dizem recorrer a consultorias.
Sobre como essas empresas trabalham com as startups: 51,2% utilizam budget da área de inovação, 48,8% frente de investimento da empresa e 28,5% operam com o próprio fundo.
De acordo com a pesquisa, as empresas que fizeram programas com startups os consideram satisfatórios. 57% dos executivos afirmaram que os programas desenvolvidos com as startups tiveram resultados excelentes ou satisfatórios, tendo objetivos estratégicos sendo alcançados. Apenas 11% afirmaram que não houve sinergia no projeto desenvolvido em conjunto.