7 passos essenciais para internacionalização dos negócios

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11:02 am - 27 de julho de 2017
internacionalização

A internacionalização é um importante fator de competitividade para empresas brasileiras, mas, antes de entrar em um processo desse tipo, é preciso adotar algumas práticas. O alerta é de Robert Janssen, que atua como mentor e investidor para empresas de tecnologia e startups.

O especialista, que lidera a aceleradora da OBr (Outsource Brazil), com atuação entre o Brasil e o Vale do Silício, preparou uma lista com os sete primeiros passos essenciais e inevitáveis para internacionalizar os negócios.

Janssen explica que as dicas foram elaborados a partir de sua jornada no setor. “Esses passos são fundamentais para empresas de qualquer nível e segmento”, destacou, durante participação no Paraná TIC 2017, principal evento de tecnologia do estado, realizado nesta semana em Foz do Iguaçu (PR).

Para o Brasil, especificamente, o consultor vê enorme potencial para as companhias locais. Um motivo é que, dentre os 12 países que contam com pelo menos 100 milhões de consumidores, nove deles estão no oriente e somente 3 no ocidente – um deles o Brasil, ao lado de EUA e México.

“O Brasil é sem dúvidas, apesar das crises momentâneas, um dos mercados emergentes promissores com potencial de crescimento e negócios.”

Confira os 7 passos para internacionalização dos negócios:

1. Executivos comprometidos

“Se você não tiver a equipe executiva, os profissionais que tomam decisões, comprometidos, o plano fica pelo caminho. É preciso ter uma estratégia top down.”

2. Construir um mapa cartográfico

“Quem navega hoje sem o Waze?” Se você sair sem um roteiro mínimo de atuação, terá desperdícios e ficará no meio do caminho.”

3. Encaixe de produto

“Apensar de estar como terceiro item, considero esse o número um”, diz. Janssen comenta que, nos EUA, por exemplo, um investidor sequer conversa com uma startup caso o tema encaixe de produtos não esteja claro. “Eles aplicam um questionário, que tem uma pontuação mínima. Se a empresa não atinge, voltará para prancheta, irá trabalhar novamente para voltar no futuro”, explica.

No caso do Brasil, para Janssen, esse item se agrava ainda mais. Isso por conta do DNA de produtos baseados em serviços, algo que acompanha o mercado de tecnologia desde 1986, quando surgiu a primeiro empresa do setor no País. O desafio é deixar de lado a origem de prestador de serviço e adotar a cultura de criador de produtos, com foco em mercado.

4. Análise de gaps de maturidade e competitividade

“Se você não conhece o campo de batalha, muito provavelmente terá chances de perder a batalha. Agora se você não conhece e si mesmo, pode ter certeza que perderá a guerra. No nosso caso, perderá dinheiro.”

5. Análise de gaps do executivo

Nesse item, Janssen defende uma técnica que determina o gap do executivo para que ele possa se estruturar melhor para ter mais competitividade, seja para atacar um novo mercado ou para defender um território já conquistado.

6. Dotação orçamentária

Janssen conta que já foi questionado diversas vezes no exterior como as coisas no Brasil não deslancham, mesmo com um enorme potencial. A questão, segundo ele, é que o movimento até hoje é “oportunista” e, baseado em oportunidade, não são feitos orçamentos. “Não são criados planos, ou uma dotação orçamentária a esse plano.”

7. Construir um plano como startup

“Antes da chegada da internet, tinhamos duas certezas na vida: sempre pagaremos impostos e morreremos um dia. Após a internet, descobrimos outras duas: não se faz mais nada sozinho e a velocidade da mudança é num piscar de olhos”. Por isso, Janssen diz que a construção de planos precisa contar com ferramentas e metodologias ágeis, ou seja, com pensamento de startups.

*O jornalista viajou a Foz do Iguaçu (PR) a convite da Assespro Paraná

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