7 dicas para impulsionar os resultados empresariais com o uso de dados

A capacidade de ler, analisar, trabalhar e se comunicar com dados – conhecida como alfabetização de dados – agora é tão crítica para as empresas que foi considerada como a segunda linguagem dos negócios por muitos analistas especializados em tecnologia. Os próximos anos prometem ver a aceleração da educação e de treinamentos sobre este tema em todas as organizações voltadas para o futuro. A pandemia destacou sua importância, com muitas empresas começando a explorar e confiar nos dados para detectar novos padrões de consumo e vendas, responder à mudança de comportamento dos clientes e para tomar decisões mais assertivas em um novo ambiente repleto de fatores desconhecidos.

Muitas empresas lutam para criar e incentivar uma força de trabalho alfabetizada em dados e para identificar meios de evoluir de uma abordagem tradicional (que depende de dados pré-configurados, históricos e muitas vezes informações isoladas) para um modelo mais avançado que usa dados em tempo real, gerando insights fundamentais para uma gestão mais inteligente dos negócios.

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Os desafios são imensos na jornada de preparação de uma nova cultura corporativa digital. Mais da metade dos líderes mundiais consideram que sua força de trabalho esteja confortável em relação às atividades que dependam da alfabetização de dados. Porém, na realidade, apenas 11% dos colaboradores dizem ter habilidades e plena confiança em relação a esse tema. O fato é que somente compreendendo as competências e necessidades das equipes é possível apoiar os profissionais para realmente se tornarem alfabetizados em dados e capazes de gerar ainda mais valor para suas companhias.

A alfabetização de dados traz uma série de vantagens e gera resultado quando as empresas seguem as seguintes dicas:

1) Promover uma cultura de aprendizado e curiosidade

A alfabetização de dados não se resume apenas aos dados. Envolve, também, o desenvolvimento de habilidades não-técnicas, como curiosidade, pensamento crítico, criatividade, comunicação e colaboração para obter diferentes perspectivas e desafiar suas próprias suposições sobre os dados. Quando uma empresa adota a alfabetização de dados, assume uma nova cultura orientada para a curiosidade e humildade intelectual, onde as decisões nem sempre são tomadas pela pessoa mais sênior da sala ou com base no “feeling”. As informações ajudam no processo de decisão e mostram fatos e números incontestáveis. Para serem totalmente alfabetizados digitalmente, todos na organização devem preferir uma perspectiva mais científica, na qual os dados são usados para desafiar e até mesmo refutar hipóteses, ao invés de adaptar números para apoiar uma linha de pensamento existente e que nem sempre é a correta.

2) Incentivar os colaboradores a colocarem o aprendizado em prática

Cursos e treinamentos são importantes para aumentar a alfabetização de dados, mas o investimento no desenvolvimento de habilidades não precisa ser tão significativo quanto se imagina – tanto em termos de valores quanto de tempo. Treinamentos virtuais, cursos online e sessões presenciais com a condução de instrutores podem ser combinados para reduzir o investimento geral. Mas, independentemente do método escolhido, é preciso garantir que qualquer capacitação seja relevante para a organização – não apenas em termos das teorias exploradas, mas no significado para os colaboradores em suas funções e no avanço de suas carreiras. Embora os cursos online permitam uma formação individualizada, criar algumas experiências específicas para serem compartilhadas para um grupo de funcionários pode ser interessante e eficaz para acelerar os aprendizados.

3) Trazer todos para a jornada

Idealmente, todos os funcionários, do estagiário ao CEO, poderiam ser capacitados a utilizar os dados para tomar melhores decisões. Na verdade, qualquer pessoa com as habilidades e a mentalidade corretas pode fazer. Uma cultura intelectualmente respeitosa e consistentemente curiosa é aquela na qual a alfabetização em dados deve prosperar. Portanto, trabalhar com dados não precisa ser intimidador. É recomendável comunicar amplamente os benefícios da alfabetização de dados e celebrar o progresso de todos, compartilhando melhores práticas e promovendo estudos de caso. Essa abordagem, combinada com o acesso às ferramentas e tecnologias corretas, provavelmente fará com que todos os profissionais ampliem seus níveis de conhecimento sobre dados e, consequentemente, seus resultados no trabalho.

4) Concentrar-se nos resultados

O primeiro passo para o uso eficaz dos dados é entender e ter clareza a respeito do problema que se espera resolver. Ao compreender os objetivos financeiros e estratégicos, pode-se ter o contexto correto para explorar, analisar e questionar os conjuntos de informações que aproximem a corporação dos resultados desejados para o futuro. Elaborar exercícios interativos e apoiar a empresa com as ferramentas certas são atividades essenciais para ajudar as pessoas em uma tomada de decisão rápida, segura e assertiva. A grande quantidade de informações coletadas pode (e deve) ser ajustada para o que realmente importa para os negócios. Lembre-se: o sucesso empresarial depende de insights corretos.

5) Mensurar o impacto de seus esforços

Durante a jornada para aprimorar a alfabetização de dados, pode surgir o desafio de estabelecer e provar o retorno do investimento (ROI) dessa iniciativa. No entanto, para demonstrar valor e garantir a adesão contínua da liderança e das partes interessadas, o acompanhamento da satisfação e retenção dos funcionários pode oferecer uma análise mensurável, pois eles serão empoderados em suas funções para melhorarem o desempenho de suas áreas. Recomenda-se a procura de evidências de mudança de comportamento, resultados obtidos a partir de dados e de decisões departamentais, crescimento de receita, economia de tempo e redução de custos.

6) Adotar uma perspectiva sistêmica

Desenvolver uma organização verdadeiramente alfabetizada em dados significa pensar de forma holística e investir nas funções, na estrutura e nos recursos que alimentarão essa nova jornada. As empresas que adotarem uma abordagem sistêmica –reconhecendo como as suas diferentes áreas trabalham em conjunto – certamente notarão com mais rapidez, como e onde a alfabetização de dados pode elevar o nível do trabalho e fortalecer seus negócios. Esse novo ambiente surge porque todos os colaboradores podem assumir novos papeis e conexões com os objetivos de negócios, ou até mesmo apoiando os canais de relacionamento com clientes. Porém, para se obter sucesso é preciso definir os objetivos de forma clara, saber quais informações serão coletadas e sua finalidade, de forma que os dados não percam valor por conta de desorganização ou da falta de foco. A partir dos dados organizados/catalogados, novos pontos de interação entre diferentes departamentos são criados, levando a um novo formato de trabalho colaborativo para a rápida resolução de problemas.

7) Escolher qual tecnologia atende às necessidades do negócio

É verdade que existem os modismos, mas certamente a área de analytics veio para ficar e será determinante para o sucesso de empresas de todos os tamanhos e segmentos. O uso de tecnologia de ponta para esse fim, alinhada com os processos e objetivos da empresa se tornam imprescindíveis para o sucesso do negócio. Dessa forma, é possível ampliar a experiência dos clientes e desenvolver novas habilidades internas que levarão as corporações a um outro patamar de competitividade e de excelência.

Não há dúvida de que a alfabetização de dados é uma habilidade vital para o futuro. Acreditar e investir, no entanto, são duas coisas bem diferentes, principalmente quando se faz necessária uma mudança comportamental. Embora cada organização tenha objetivos e abordagens diferentes, o sucesso ocorre quando todos começam a pensar de maneira diversa, usando dados para obter novos insights e para tomar decisões mais inteligentes. Sem dúvida, estamos diante de uma revolução pessoal e digital que já faz a diferença e que será determinante no futuro.

*Cesar Ripari é diretor de Pré-vendas da Qlik para a América Latina

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