EUA intensificam restrições de exportação de chips para a China
Embargos também podem dificultar a fabricação de chips pela China no exterior
O governo dos Estados Unidos está fortalecendo suas restrições de exportação de chips e equipamentos de fabricação de chips avançados para a China. As revisões recentes têm como objetivo evitar que esses chips sejam utilizados em aplicações militares, como mísseis hipersônicos e inteligência artificial.
Gina Raimondo, Secretária de Comércio dos Estados Unidos, explicou em conversa com jornalistas, segundo a Fortune, que as restrições de exportação visam resguardar tecnologias com evidentes implicações para a segurança nacional e direitos humanos. Ela enfatizou que a maioria dos semicondutores não será afetada, mas a ação decisiva será tomada em parceria com os aliados quando houver ameaças identificadas a essas áreas críticas.
As políticas foram atualizadas após consultas da indústria e análises tecnológicas. Agora, há uma zona de monitoramento para chips com potencial uso militar, embora não cumpram critérios restritivos comerciais. Além disso, as exportações de chips podem ser limitadas para empresas em Macau e locais sob embargo de armas dos EUA.
Os novos requisitos tornam a fabricação de chips pela China no exterior mais difícil com a ampliação da lista de equipamentos de fabricação sujeitos a restrições de exportação. O governo chinês, inicialmente frustrado com as restrições, vê a produção e o design de semicondutores como crucial para sua economia, mas os EUA afirmam que as restrições não visam prejudicar o crescimento econômico do país.
Embora os países tivessem acordado, em reunião realizada em agosto, que trocariam informações sobre as restrições, um funcionário da administração dos EUA, que pediu para não ser identificado, afirmou à Fortune que os parâmetros das restrições revisadas não foram discutidos com a China.
O presidente dos EUA, Joe Biden, indicou a possibilidade de um encontro com o Presidente chinês, Xi Jinping, durante a cúpula da Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico em novembro, embora o encontro ainda não esteja confirmado.
Siga o IT Forum no LinkedIn e fique por dentro de todas as notícias!
*Com informações da Fortune