Nova Zelândia promove festival de tecnologia para um futuro sustentável

O que a Nova Zelândia tem feito para criar um futuro melhor? Em 2021, o país se comprometeu a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa pela metade, objetivo a ser cumprido até 2030. Para dar conta desse desafio, tecnologias emergentes como o Blockchain entram em cena, entregando maior transparência à cadeia de suprimentos e orientando medidas efetivas para as mudanças climáticas.

Já a maior cidade da Nova Zelândia, Auckland, tem usado Inteligência Artificial para melhorar o trânsito da cidade. Com monitoramento em tempo real, big data e machine learning é possível estimar melhor o tráfego de veículos e otimizá-lo para garantir o fluxo contínuo nas vias.

Em busca de formar talentos para um mundo cada vez mais digital, o país também tem olhado para a contribuição das Edtechs na formação profissional das novas gerações e também incluir aquelas que já estão no mercado de trabalho.

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Esses desafios enfrentados pela Nova Zelândia não são apenas locais, mas desafios que ressoam com o mundo todo e que têm criado oportunidades para pensar soluções de classe global. Iniciativas como essas serão discutidas na próxima semana durante o New Zealand Techweek, um festival de tecnologia e inovação que se tornou um marco no calendário do país nos últimos dez anos. Estudantes, empreendedores, instituições e governo, diferentes atores que estão liderando a revolução tecnológica no país, se reúnem para celebrar conquistas do setor em uma programação com eventos virtuais e presenciais que acontecem em diferentes cidades, entre 16 e 22 de maio.

O evento também é uma oportunidade para aqueles que buscam dar os primeiros passos no efervescente setor de TI e, por contar com uma programação virtual gratuita, abre janelas para pessoas do mundo todo conhecerem mentes brilhantes e alguns dos negócios mais inovadores desenvolvidos na Nova Zelândia.

Sob o tema “Conectar para um amanhã melhor”, a Techweek 22 se divide em grandes temas como Clima e sustentabilidade, Habilidades e Conhecimento, Liderança, Transformação Digital e Inclusão da população Maori no setor tech. Quem puder acompanhar a programação, poderá ver como o país tem desenvolvido soluções para cidadania digital; entender o impacto da Inteligência Artificial no setor de saúde; o que cidades inteligentes podem fazer pelos cidadãos; e avanços na automação para a manufatura e transportes. Tendências que se aqueceram nos últimos dois anos, como o Metaverso e os NFTs, também serão discutidas.

O setor de tecnologia da Nova Zelândia está em um período de rápido crescimento e desenvolvimento. Apesar dos recentes desafios globais devido à pandemia, o mercado de TI local manteve crescimento excepcional: a receita das 200 maiores empresas de tecnologia aumentou 11,5% nos últimos 12 meses.

E por quê olhar para a Nova Zelândia quando se pensa em tecnologia de ponta? O país traz uma perspectiva única sobre como pensamos e usamos a tecnologia. Com base em valores maori, de transparência, ética e coletividade, trazemos uma perspectiva do qual o mundo precisa para ajudar a criar tecnologias que construirão um amanhã melhor.

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Em março de 2022, a NZTech, o MBIE (Ministry of Business Innovation and Employment) e a NZTE (New Zealand Trade and Enterprise), lançaram o “NZTech and Innovation Story – We See Tomorrow First”, uma iniciativa que visa melhorar a reputação da Zelândia como fonte de soluções de tecnologia classe mundial, refletindo seu povo, valores e ambições.

Durante a Techweek 22, MBIE e NZTech irão delinear as diferentes áreas de foco no Plano de Transformação da Indústria (ITP, na sigla em inglês) para o setor de tecnologia. O plano, que tem como objetivo “crescer a Nova Zelândia para todos”, inclui esforços para garantir que o país esteja desenvolvendo habilidades digitais que ajudarão as empresas a crescer e atender aos mercados globais, além de criar oportunidades e uma representação mais diversificada dos neozelandeses nessas funções. O plano de transformação da indústria de TI também busca incentivar mais Maoris a participarem do setor de tecnologia, seja como líderes empresariais, empreendedores ou funcionários.

Vale ressaltar também que o evento deste ano marca a abertura das fronteiras da Nova Zelândia após flexibilização das medidas de contenção da pandemia. E para aproximar o ecossistema de tecnologia dos países da América Latina, neste ano temos um painel inédito com jornalistas especializados em Negócios e Tecnologia do Brasil, México, Peru e Chile, para discutirem as perspectivas do ecossistema de cada mercado para uma audiência de empresas e instituições da Nova Zelândia.

Para participar do Techwek 22 e saber mais da programação, acesse o site. Nos vemos lá!

*Chris Metcalfe é comissário de negócios da NZTE (New Zealand Trade and Enterprise) para Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai e vice-cônsul da Nova Zelândia em São Paulo. Anteriormente, foi Gerente de Desenvolvimento de Negócios para a NZTE na Europa, onde por mais de cinco anos apoiou a entrada de negócios da Nova Zelândia nos mercados da Espanha e Portugal. Antes de entrar na NZTE, Chris morou na Espanha onde atuou como palestrante e coach, trabalhando com grandes multinacionais. Graduou-se na Waikato University, na Nova Zelândia, em Recursos Humanos e Relações Industriais. É casado e pai de duas meninas espanholas, mas que considera praticamente brasileiras.