O IT Forum Series é um projeto editorial que convida líderes de TI das maiores empresas do País para discutir algumas das tecnologias e tendências de maior potencial transformador. Aliados aos dados do estudo Antes da TI, a Estratégia, pesquisa promovida anualmente com os CIOs e gerentes de TI, o Series busca contribuir com a evolução do mercado e do ecossistema de tecnologia da informação e telecomunicações brasileiros.
PAMELA SOUSA (MEDIAÇÃO E PRODUÇÃO), RAFAEL ROMER (TEXTO), GEORGES NABAHAN (PESQUISA)
CONVIDADOS: MARCOS FRANCISCO, HEAD DE TI NO SANDBOX GROUP, LONGINUS TIMOCHENCO, DIRETOR DE CIBERSEGURANÇA NA VIWSEC, E ANDERSON OLIVEIRA, HEAD DE TI E CIBERSEGURANÇA NA HS PREVENT
CAPTAÇÃO E EDIÇÃO DE VÍDEO: VORAZ FILMES
“A arte de imaginar futuros e inovar” será o mote central que guiará as discussões dos encontros presenciais promovidos pelo IT Forum para a comunidade brasileira de TI em 2025. Para marcar o encerramento do ciclo do IT Forum Series de 2024 e a chegada do novo ano, o tema também foi o foco do debate do décimo primeiro episódio da série, que abordou os desafios, as oportunidades e as responsabilidades da TI no processo de inovação empresarial.
A conversa contou com a participação de Marcos Francisco, head de TI no Sandbox Group; Longinus Timochenco, diretor de Cibersegurança na Viwsec; e Anderson Oliveira, head de TI e Cibersegurança na HS Prevent. A mediação foi conduzida por Pamela Sousa, repórter do IT Forum, com comentários de Georges Nabahan, analista de Estudos e Inteligência do IT Forum.
Não é mais possível dissociar a atuação da TI do processo de inovação nas organizações. Essa foi a avaliação dos participantes do IT Forum Series, que destacaram como as equipes de tecnologia desempenham hoje um papel ativo nesse tema – não apenas estruturando a inovação, mas também na sua promoção interna.
Para Marcos Francisco, head de TI no Sandbox Group, a atuação da TI na jornada de inovação empresarial é diversa e pode abranger desde a evolução do produto até ganhos de eficiência. O fundamental, no entanto, é que essa atuação impacte todas as áreas da organização. “É preciso colocar o cliente no centro da sua estratégia – criar e inovar para ele”, afirmou. “Esse é um paradigma para qualquer empresa neste momento, independentemente do setor ou do tamanho. A inovação é uma constante.”
Ainda assim, sozinha, a inovação não é suficiente para colocar as organizações na rota do crescimento. Na avaliação de Longinus Timochenco, diretor de Cibersegurança na Viwsec, qualquer estratégia de ideação precisa ser acompanhada de uma preocupação com governança – caso contrário, estará fadada a gerar riscos e custos para o negócio.
“Quem governa, cresce. Temos que, cada vez mais, cultivar a governança de tecnologia e dados em nossas empresas para minimizar custos. Nosso desafio é fazer mais com menos. Como vamos conseguir isso? Com uma boa governança”, ressaltou.
Além de enfatizar a importância da governança, o líder da Viwsec deixou outro alerta para as lideranças de tecnologia: pensar apenas nos próximos passos não é suficiente para a inovação. É igualmente necessário olhar para trás e garantir que os fundamentos de TI estejam sólidos.
“Quando falamos de evolução, subentende-se que o passado já está sendo bem executado. Como posso falar de inovação se não estou cuidando direito do meu passado? É preciso olhar para trás e garantir que estamos fazendo o básico muito bem para que possamos evoluir de forma sustentável”, concluiu.
Quem governa, cresce. Nosso desafio é fazer mais com menos. Como vamos conseguir fazer isso? Quando tivermos uma boa governança.
Longinus Timochenco - Diretor de Cibersegurança na Viwsec
A importância da conexão entre TI e negócio já não é mais um segredo. Ainda assim, os convidados ressaltaram que esse processo deve se intensificar nos próximos anos, resultando em uma TI que não apenas esteja próxima do negócio, mas que seja uma parte integrante dele. “Vai haver uma unificação, não há como escapar disso”, afirmou Anderson Oliveira, head de TI e Cibersegurança na HS Prevent. “A TI passa a ser o core de todas as empresas. Teremos a TI atuando com o insight de outras áreas – tudo, afinal, acaba em um código.”
Longinus Timochenco, da Viwsec, compartilhou a mesma visão. Em sua avaliação, a relação entre TI e negócio, em breve, será completamente unificada. “A TI não é mais uma área, ela é o negócio”, destacou. “Ela está inserida, de uma forma ou de outra, em todas as áreas do negócio. Existe uma área de tecnologia para ser o meio de gerenciar e governar tudo, mas, independentemente do segmento, o negócio é a TI.”
Essa conexão, no entanto, precisa ser construída. Como enfatizou Marcos Francisco, do Sandbox Group, é necessário que os times de TI desempenhem um papel ativo no diálogo com as equipes de negócio para garantir harmonia entre as áreas. “É importante que a tecnologia se coloque no papel de facilitadora do negócio”, observou. “A tecnologia é quem vai alavancar e criar caminhos para viabilizar novos produtos, melhorar a experiência e aumentar a eficiência. Mas, quando a tecnologia se posiciona como parceira e parte do negócio, acontece a verdadeira virada de chave.”
Eu entendo a curiosidade como algo super relevante. São sempre os mesmos cenários – muita demanda, pouco prazo, muitos controles, pouco dinheiro. Como você é criativo nessas situações?
Marcos Francisco - Head de TI no Sandbox Group
A busca constante por inovação tem transformado o papel das lideranças de tecnologia dentro das organizações, exigindo novas habilidades desses profissionais. Na visão de Anderson Oliveira, da HS Prevent, o cenário atual demanda uma combinação de multidisciplinaridade e soft skills para uma gestão eficaz de equipes. “As pessoas não são mais apenas técnicas. As pessoas são pessoas. Elas têm problemas, têm sentimentos, têm desejos”, destacou. “A grande formação do líder é entender que ele precisa ser inspirador.”
“Eu entendo a curiosidade como algo super relevante”, avaliou Marcos Francisco, do Sandbox Group. “Você precisa estar sempre disposto a explorar, testar novas coisas, novas tecnologias. Enfrentamos sempre os mesmos cenários: muita demanda, pouco prazo, muitos controles, pouco dinheiro. Como você é criativo nessas situações?”, questionou.
O executivo também abordou a complexidade do contexto atual, frequentemente descrito pelo conceito “VUCA” (volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade), e destacou a agilidade como outra característica essencial para as lideranças do setor. “Nós, como clientes ou usuários de diferentes serviços, exigimos disponibilidade e agilidade. Então, nossos serviços precisam funcionar dessa forma”, concluiu.
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Como líderes de TI podem colocar em prática a arte de imaginar futuros e inovar? Nesse relatório, a área de Estudos e Inteligência do IT Forum traz insights valiosos, frutos do estudo 'Antes da TI, a Estratégia', e reflete sobre a associação entre propósito, ética e estratégia nos processos de inovação. Baixe agora!
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