O IT Forum Series é um projeto editorial que convida líderes de TI das maiores empresas do País para discutir algumas das tecnologias e tendências de maior potencial transformador. Aliados aos dados do estudo Antes da TI, a Estratégia, pesquisa promovida anualmente com os CIOs e gerentes de TI, o Series busca contribuir com a evolução do mercado e do ecossistema de tecnologia da informação e telecomunicações brasileiros.
LAURA MARTINS (TEXTO); DÉBORAH OLIVEIRA (PRODUÇÃO E MEDIAÇÃO); GEORGES NABAHAN (PESQUISA)
CONVIDADOS: CLAUDIA FERRAZ, DO GRUPO OCQ; CHARLES SCHWEITZER, DO CARREFOUR; FABIO MARTINS DE FRANÇA DA PIRACANJUBA
CAPTAÇÃO E EDIÇÃO DE VÍDEO: VORAZ FILMES
Democratizar o desenvolvimento é um dos pilares da tecnologia low-code. E, aos poucos, o conceito está ganhando espaço entre os profissionais de tecnologia. De acordo com a pesquisa ‘Antes da TI, a Estratégia’, realizada pela IT Mídia com mais de 500 líderes de tecnologia das maiores empresas do Brasil, 20% dos CIOs caracterizam a solução como de alta importância ou muito alta. E, nos próximos anos essa realidade vai mudar: quase 40% dos executivos dizem que terá importância alta ou muito alta. Ou seja, ainda estão desbravando o low-code.
“[Na nossa pesquisa], já houve um aumento nessa relevância da mesma pergunta do ano passado para esse ano. A gente vê uma melhora no percentual, mas ainda tem muitos caminhos. Um desses caminhos é em respeito a contratação dos profissionais. 47% dos profissionais de TI que responderam à pesquisa, [disseram que] retenção em contratação de profissional foi um dos maiores desafios de 2023. Em relação ao low-code e no-code, 77% veem a tecnologia como uma saída para o desenvolvimento”, explica Georges Nabahan, Analista de Estudos e Pesquisas da IT Mídia.
Outro dado extraído pelo levantamento revela que 30% das empresas já capacitam profissionais de outras áreas da empresa em low-code para ter essa interação e democratização e trazer outras pessoas para a tecnologia.
É por isso que o quinto episódio do IT Forum Series – série de reportagens especiais publicadas pelo IT Forum ao longo de 2023 – convidou executivos de três grandes empresas para debater o tema.
Nessa edição participam Claudia Ferraz, diretora de TI do Grupo OCQ; Charles Schweitzer, diretor superintendente de inovação do Carrefour; e Fabio Martins de França, CIO da Piracanjuba.
O debate foi mediado por Déborah Oliveira, diretora de conteúdo da IT Mídia.
Claudia Ferraz, diretora de TI do Grupo OCQ, uma das convidadas do episódio do IT Forum Series, afirma que o low-code surgiu na companhia pela necessidade de uma ferramenta que fosse capaz de fazer integrações de uma maneira simples. “Sem eu precisar de um exército de pessoas em TI. Minha ideia foi começar com low-code e, a partir daí, estamos implantando novas ferramentas.”
A empresa, entretanto, ainda está engatinhando no processo – ainda não é uma tecnologia “democratizada”, mas está começando.
Já Charles Schweitzer, diretor superintendente de inovação do Carrefour, levou à empresa o conceito após uma experiência na Europa. Na ocasião, Schweitzer ficou encantando com a agilidade da tecnologia e, imediatamente, a levou para o Carrefour.
Além da rapidez, a demanda por desenvolvedores, bastante aquecida em 2021, foi um dos impulsionadores do low-code na Piracanjuba. Fabio Martins de França, CIO da empresa, dá detalhes: “a gente fazia contratação, dava três meses a pessoa saia, eu contratava novamente. A gente queria fazer a utilização de ferramentas onde eu conseguisse desenvolver com baixa necessidade de conhecimento em desenvolvimento.”
Em 2022, a companhia mudou de plataforma para ter acesso a outras funcionalidades, como containers. E, esse ano, a empresa viu que seria necessário decentralizar a TI. Se antes tinha o conceito de ter o controle maior, com plataformas low-code e no-code, seria possível empoderar as áreas de negócios sobre tecnologia.
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De acordo com a pesquisa da IT Mídia, 40% dos CIOs e outros executivos de TI responderam que low-code está na agenda de investimentos desse ano. mas, apenas 6% colocam como prioridade desses investimentos. Segurança e gestão de dados, por exemplo, estão muito a frente.
“Low-code ainda é uma jornada nova para as empresas. Então, elas vão começar a testar isso em aplicações que são periféricas ao core do negócio. Portanto, elas recebem, naturalmente, um orçamento menor. Depois de testado na periferia das aplicações e se isso virar algo mainstream para desenvolver inclusive o core, esse percentual vai crescer muito”, pondera Schweitzer.
Cláudia concorda e diz que é uma questão de tempo. Segundo ela, agora que está criando corpo. A tecnologia está ficando mais barata e se popularizando. Ela acredita que isso deve crescer muito e muito rápido.
“Eu também entendo que tem muita empresa fazendo experimentação. Eu vejo que talvez tenham empresas que estão com uma visão do low-code e no-code de alguns anos atrás, quando ainda era muito limitado e não tinha muita funcionalidade, mas isso mudou”, comenta França.
Está no momento do time de arquitetura e segurança da informação definir qual será a plataforma de low-code das empresas. Se esses times não definirem isso agora, alguém vai adotar por você.
Charles Schweitzer - Diretor Superintendente de Inovação do Carrefour
O IT Forum Series, em sintonia com as prioridades do mercado brasileiro de TI, traz em seu quinto episódio um dos temas de grande destaque na agenda dos gestores de TI: a democratização e o uso seguro de plataformas Low-Code. Nesse relatório, a área de estudos da IT Mídia traz insights valiosos, frutos do estudo Antes da TI, a Estratégia, e reflete sobre itens relevantes para o presente e futuro dessa tecnologia e do próprio ambiente corporativo. Baixe agora!
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