Conectando seus sistemas de forma mais rápida e fácil

Com mais US$ 25 milhões, startup chegará aos EUA e países da América Latina.

5:01 pm - 10 de fevereiro de 2022

Com o recente anúncio de uma nova rodada de investimentos, agora no valor de US$ 25 milhões, a Digibee, startup focada em integração de sistemas, vai acelerar seu processo de expansão internacional. O foco são os mercados dos Estados Unidos e Chile, Peru, México, Colômbia e outras regiões da América Latina. A empresa encerrou 2021 com R$ 50 milhões de ARR (receita anual recorrente) e um crescimento de 213% em relação a 2020. Com a expansão, a projeção para 2022 é crescer 230%, ultrapassando R$ 165 milhões de ARR.

Para conquistar novos mercados, a companhia também está reforçando seu time com a expectativa de saltar dos atuais 160 funcionários para mais de 400 até dezembro deste ano. O movimento inclui também a contratação de executivos de peso como os recém anunciados Flavio Pripas, ex-Redpoint eventures e Cubo, como Chief Strategy Officer (CSO); Ken Arredondo, ex-IBM e CA Technologies, como Chief Revenue Officer (CRO); e Humberto Ballesteros, ex-Microsoft e Red Hat, com Sales Director Latam. No Brasil, Marcelo Silva, ex-Cisco, está à frente da operação, e Cait Porte, ex-Zmags, exerce o cargo de Diretora de Marketing (CMO).

“Hoje, a nossa estratégia de crescimento está pautada em conquistar o mercado americano, que é o mais competitivo e representa mais da metade do mercado global de software. Quando a gente ganhar este mercado, vamos ganhar o mundo”, diz Rodrigo Bernardinelli, CEO e cofundador da Digibee, lembrando que a companhia nasceu com um diferencial importante.

Segundo Bernardinelli, a abordagem utilizada atualmente integrar sistemas demanda muito código e este demanda programadores e desenvolvedores que estão escassos no mercado. Além disso, o trabalho também exige ferramentas complexas, com controles rígidos de segurança para movimentar dados de um lado para o outro. “Na Digibee nós desenvolvemos uma forma de fazer essa integração de maneira simples e rápida: construímos uma plataforma 100% na nuvem baseada em low code e com criptografia, logs, cofre de senhas e outros. Isso significa que qualquer integração na Digibee já nasce com a máxima segurança possível”, explica.

Com esta abordagem, a Digibee contabiliza mais de 400 milhões de execuções de integrações diariamente, realizando em horas projetos de TI que antes eram feitos em seis meses. A companhia atende atualmente mais de 250 empresas de diferentes segmentos, como financeiro, varejo, saúde, TI, telecomunicações, educação, entre outros, incluindo empresas como Banco Itaú, Assaí, B3, Carrefour, Dasa, Fleury e Bauducco.

“Nosso trabalho é ajudar as empresas a modernizar, reestruturar e gerenciar suas arquiteturas de sistemas, aprimorando processos e ferramentas, para que elas possam atingir os objetivos de negócio de maneira mais rápida, fácil, segura e com menos custos. A nossa plataforma gera um gasto para as empresas menor do que um desenvolvedor custaria para elas”, ressalta Bernardinelli.

Essa redução vai de encontro a uma demanda detectada pelo Gartner, que aponta que o trabalho de integração de sistemas devora 50% dos orçamentos dedicados para projetos de transformação digital nas empresas. Segundo o instituto de pesquisas, isso acontece porque este é o desafio mais complexo relatado pelas áreas de TI, já que exige mudanças radicais em suas arquiteturas de sistemas para tornar os negócios, operações e experiências mais digitais.

Além de executar a conexão de sistemas para seus clientes, a Digibee faz com que eles sejam autossuficientes, oferecendo treinamentos gratuitos com a ‘Digibee Academy’. Com isso, os times de TI destas companhias aprendem a gerenciar as integrações por conta própria. “Fazemos isso, pois a verdadeira transformação depende de um novo mindset. Queremos que nossos clientes consigam ir além da arquitetura flexível para transformar produtos e serviços, e que eles aprendam a criar processos mais ágeis.”, diz Bernardinelli.

 

Resultados x investimentos

Nascida em 2017 no Cubo Itaú, a Digibee foi fundada por Rodrigo Bernardinelli, Vitor Sousa e Peter Kreslins. No ano seguinte, a companhia foi apresentada ao mercado durante o IT Forum, evento da IT Mídia, quando demonstrou sua plataforma no-code aos participantes do encontro.

Em 2019, a empresa apresentou um crescimento de seis vezes em número de clientes. Em junho de 2020, captou US$ 5 milhões em uma rodada que contou com o GAA Investments. Em agosto do mesmo ano veio um novo aporte, de R$ 13,5 milhões, do Brasil Venture Debt, fundo especializado em crédito para startups, investimento atraído principalmente pelos resultados da companhia. Em 2020, a Digibee viu sua receita passar de R$ 860 mil para R$ 2 milhões, alta de 246%.

No aporte recebido no início de fevereiro, a Digibee levantou US$ 25 milhões em uma rodada de investimentos Series A. O aporte foi liderado pelo SoftBank Latin America Fund, líder global de investimentos em empresas de tecnologia ao redor do mundo e pioneiro na América Latina, com a participação do fundo Kinea Ventures e da G2D Investments.

“Já temos no radar uma próxima rodada de investimentos, Series B, prevista para acontecer até o final deste ano, com fundos norte-americanos com os quais temos conversado e que acreditam no potencial não apenas da nossa plataforma, mas da nossa abordagem com o mercado”, revela Bernardinelli.

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