X enfrentará ação coletiva por demissões em massa de trabalhadores mais velhos
Juíza dos EUA determina que 150 ex-funcionários podem processar a empresa de Elon Musk por discriminação etária
Uma decisão judicial nos Estados Unidos, desta terça-feira (3), permitirá que cerca de 150 ex-funcionários da X, plataforma anteriormente conhecida como Twitter, processem a empresa por discriminação etária em uma ação coletiva. A juíza federal Susan Illston, de San Francisco, determinou que os trabalhadores com 50 anos ou mais, demitidos após a aquisição da empresa por Elon Musk, podem buscar indenizações milionárias, caso a discriminação seja comprovada.
O caso foi apresentado por John Zeman, ex-funcionário do departamento de comunicação da X. Segundo informações da Reuters, Zeman alega que, durante a demissão em massa realizada em novembro de 2022, 60% dos funcionários com 50 anos ou mais foram demitidos, em comparação com 54% dos trabalhadores mais jovens. Ele também afirma que quase três quartos dos funcionários com mais de 60 anos perderam seus empregos.
Leia também: AMD quer estreitar laços no B2B no Brasil para expandir presença em data centers
Em sua decisão, a juíza Illston reconheceu que as evidências apresentadas indicam uma possível discriminação contra trabalhadores mais velhos na decisão de demissão em massa, permitindo que o processo avance como uma ação coletiva. Com isso, os advogados de Zeman poderão notificar outros potenciais membros da classe, oferecendo-lhes a oportunidade de se juntarem ao caso.
A X, por sua vez, negou as alegações de discriminação, afirmando que a eliminação do departamento de comunicação, onde Zeman trabalhava, ocorreu independentemente da idade dos funcionários.
A empresa não respondeu aos pedidos de comentário da equipe da Reuters.
Este processo é um dos vários que a X enfrenta após as demissões em massa de 2022. Outras ações judiciais incluem alegações de que a empresa demitiu funcionários e contratados sem o aviso prévio exigido, mirou mulheres para as demissões e forçou a saída de trabalhadores com deficiência ao proibir o trabalho remoto. Em agosto, juízes rejeitaram algumas dessas alegações, permitindo que os autores apresentem queixas emendadas para detalhar melhor suas reivindicações.
Além disso, dois outros processos alegam que a empresa deve pelo menos US$ 500 milhões em indenizações a ex-funcionários, sendo que um desses casos foi arquivado em julho.
*Com informações da Reuters
Siga o IT Forum no LinkedIn e fique por dentro de todas as notícias!