X enfrentará ação coletiva por demissões em massa de trabalhadores mais velhos

Juíza dos EUA determina que 150 ex-funcionários podem processar a empresa de Elon Musk por discriminação etária

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10:30 am - 06 de setembro de 2024
Imagem: Shutterstock

Uma decisão judicial nos Estados Unidos, desta terça-feira (3), permitirá que cerca de 150 ex-funcionários da X, plataforma anteriormente conhecida como Twitter, processem a empresa por discriminação etária em uma ação coletiva. A juíza federal Susan Illston, de San Francisco, determinou que os trabalhadores com 50 anos ou mais, demitidos após a aquisição da empresa por Elon Musk, podem buscar indenizações milionárias, caso a discriminação seja comprovada.

O caso foi apresentado por John Zeman, ex-funcionário do departamento de comunicação da X. Segundo informações da Reuters, Zeman alega que, durante a demissão em massa realizada em novembro de 2022, 60% dos funcionários com 50 anos ou mais foram demitidos, em comparação com 54% dos trabalhadores mais jovens. Ele também afirma que quase três quartos dos funcionários com mais de 60 anos perderam seus empregos.

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Em sua decisão, a juíza Illston reconheceu que as evidências apresentadas indicam uma possível discriminação contra trabalhadores mais velhos na decisão de demissão em massa, permitindo que o processo avance como uma ação coletiva. Com isso, os advogados de Zeman poderão notificar outros potenciais membros da classe, oferecendo-lhes a oportunidade de se juntarem ao caso.

A X, por sua vez, negou as alegações de discriminação, afirmando que a eliminação do departamento de comunicação, onde Zeman trabalhava, ocorreu independentemente da idade dos funcionários.

A empresa não respondeu aos pedidos de comentário da equipe da Reuters.

Este processo é um dos vários que a X enfrenta após as demissões em massa de 2022. Outras ações judiciais incluem alegações de que a empresa demitiu funcionários e contratados sem o aviso prévio exigido, mirou mulheres para as demissões e forçou a saída de trabalhadores com deficiência ao proibir o trabalho remoto. Em agosto, juízes rejeitaram algumas dessas alegações, permitindo que os autores apresentem queixas emendadas para detalhar melhor suas reivindicações.

Além disso, dois outros processos alegam que a empresa deve pelo menos US$ 500 milhões em indenizações a ex-funcionários, sendo que um desses casos foi arquivado em julho.

*Com informações da Reuters

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Redação

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